Os músicos Eva e Marco Brandazza abriram da melhor forma o 1º Festival de Música Sacra de Arronches com um concerto de órgão, na noite de Domingo passado, executando peças de autores italianos do século XVII e XVIII, passando pelo compositor português Manuel Rodrigues Coelho (originário de Elvas) e Marianne von Martines (compositora vienense de ascendência espanhola que chegou a conviver com Haydn e Johann Hasse). O concerto, de uma sobriedade impecável, envolveu a interpretação vocal do Coro Paroquial de Arronches, regido igualmente por Marco Brandazza, o que constituiu um privilégio para os intérpretes portugueses. Foi, com efeito, uma festa da música, na qual músicos, coralistas e auditório puderam participar do enlevo da música e da fé que o órgão positivo da Igreja Matriz autoriza.
Pouco assistido, o concerto teve um nível francamente elevado e os dois intérpretes italo-suíços não cederam um milímetro a qualquer concessão de menor qualidade, regendo-se por uma conduta artística irrepreensível, também evidente na forma como cativaram os coralistas e como manifestaram o seu amor pela música e pela vida, pondo em cada gesto solenidade e risco, para além de todo o virtuosismo a que não estamos habituados. Arronches terá vivido, provavelmente sem haver consciência generalizada do facto, um momento particularmente sublime, e, ao mesmo tempo, solene, honesto e comedido. A grande música passou pelo concelho e não foram muitos aqueles que deram por isso.
Também a organização apresentou algumas fragilidades, sobretudo ao nível da divulgação da iniciativa, resultado da inexperiência nesta área cultural.
O festival prossegue no próximo Sábado, dia 21 de Abril, com a actuação da soprano Filomena Silva, acompanhada ao piano pelo Professor José Filomeno Raimundo, num concerto de câmara que se deseja ainda mais assistido, uma vez que a generosidade do programa proposto por este duo a isso obriga.
Fonte: Paróquia de Arronches
Fotografia: Jornalista Fernando Marques.
Pouco assistido, o concerto teve um nível francamente elevado e os dois intérpretes italo-suíços não cederam um milímetro a qualquer concessão de menor qualidade, regendo-se por uma conduta artística irrepreensível, também evidente na forma como cativaram os coralistas e como manifestaram o seu amor pela música e pela vida, pondo em cada gesto solenidade e risco, para além de todo o virtuosismo a que não estamos habituados. Arronches terá vivido, provavelmente sem haver consciência generalizada do facto, um momento particularmente sublime, e, ao mesmo tempo, solene, honesto e comedido. A grande música passou pelo concelho e não foram muitos aqueles que deram por isso.
Também a organização apresentou algumas fragilidades, sobretudo ao nível da divulgação da iniciativa, resultado da inexperiência nesta área cultural.
O festival prossegue no próximo Sábado, dia 21 de Abril, com a actuação da soprano Filomena Silva, acompanhada ao piano pelo Professor José Filomeno Raimundo, num concerto de câmara que se deseja ainda mais assistido, uma vez que a generosidade do programa proposto por este duo a isso obriga.
Fonte: Paróquia de Arronches
Fotografia: Jornalista Fernando Marques.
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