É lamentável o estado em que se encontram as antigas casas de cantoneiros, alguma delas bem bonitas e até acolhedoras. A sua traça era mais ou menos padronizada em todo o Alentejo, quase todas tinham azulejos identificativos na fachada e informação das distâncias quilométricas das localidades mais próximas, que lhes conferiam uma beleza muito própria.A Junta Autónoma das Estradas foi dissolvida, acabaram os cantoneiros, que tão bem cuidavam do seu cantão, agora a conservação das estradas é pior e, segundo se diz, até fica mais cara, as limpezas de bermas e taludes são radicais, arbustos e flores que no passado foram plantadas pelos cantoneiros para embelezar as estradas, são hoje destruídas sem qualquer pudor (veja-se a recente limpeza dos arbustos da EN 246 Portalegre/Arronches entre o Campo da Feira e S. Tiago). E as casas... como se vê na foto (Casa da recta das Algueireiras) ou estão degradadas, ou estão a saque (Casa dos Tojais) ou já foram demolidas como aconteceu com a casa de cantoneiros de Algalé.
A Junta Autónoma de estradas não foi dissolvida. Simplesmente tem vindo a passar para empreiteiros a manutençao das estradas.
ResponderEliminarPorque a Junta era muito pouco eficiente na gestão de equipamentos e pessoal.
Mas estou de acordo que se podia dar um jeito nas casas.
Mas com que dinheiro?
Há verba?
Teriam que ser as Autarquias a ocupar-se do assunto!
A verdade é que as casas dos cantoneiros desempenharam o seu papel no devido tempo, o problema é que o tempo mudou, tudo na nossa vida mudou. Já não usamos a pasta medicinal couto para lavar os dentes, já não ouvimos os discos pedidos na rádio. Foi o mundo que mudou, o nosso mundo e a mudança implica progresso e o progresso exige que percamos sempre uma ou outra coisa que gostávamos. Eu gostava da antiga estrada que ligava Arronches a Portalegre, mas nos nossos tempos era insustentável continuar com uma estrada daquelas percorrida por mais de quinhentos camiões de mercadorias por dia e umas centenas largas de automóveis.
ResponderEliminarPortanto, exceptuando uma ou outra casa de cantoneiros que possa ser recuperada para um fim específico e rentável, as outras irão desaparecer...e não, não serão as autarquias a recuperá-las porque os devaneios gastadores em obras inúteis, praticados por algumas autarquias está a chegar ao fim.
Como dizia o outro...é a vida!
Em termos de manutenção as bermas das estradas, estão bastante piores. A limpeza ou corte da vegetação é pouco frequente e quando o é, faz-se um corte virado para o asfalto, o que origina envio de gravilha e ervas/palhas do corte para a faixa de rodagem. Enfim, é o simplex...com alguns empresários e directores da Junta a amealharem alguns cobres...
ResponderEliminarHá pouco tempo o jornal regional (fonte nova),noticiava a entrega da sede da ex J.A.E no distrito de Portalegre á P.S.P.Com esta mudança, a entidade responsável pela conservação de estradas,fica com poucas condições para fazer o seu trabalho.É óbvio que num futuro muito curto sejam as autarquias a cuidar desses troços de estradas.Com que verbas?Não sei!Talvez um prtocolo como as escolas!
ResponderEliminarA exemplo dos apeadeiros e estações da CP, o mesmmo se passa com as casas dos cantoneiros. não será saudosismo como sugere um anterior comentarista. Tem a ver com as políticas seguidas pelos nossos governantes nas últimas decadas.Um derespeito grosseiro pelo nosso Património e um desprezo por tudo o que é pobre, que cheire a povo, no fundo o desprezo para quem os elegeu e lhes propocionou bons tachos.
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