Em Arronches a tradição de na Segunda-feira de Páscoa ir comer o borrego no campo continua a efectuar-se sempre que as condições atmosféricas assim o permitem.
Antigamente os arronchenses procuravam o aprazível local da velha Igreja de Santo Isidro, situada nos arredores da vila junto ao rio Caia, para ali passar a segunda-feira de Páscoa, por ali se partilhava o farnel com familiares e amigos numa agradável tarde de convívio.
Actualmente e dada a facilidade nas deslocações os preferências vão para as margens da barragem do Caia, logo com alguns dias de antecedência ali são instalados verdadeiros acampamentos com destaque para a zona do Baldio, Zambujal ou Furadas.
Nestes acampamentos de Páscoa já antes reservados, grupos de amigos e familiares ali passam umas mini-férias em contacto com a natureza, praticando ainda desportos motorizados ou pesca desportiva, por ali se confeccionam as refeições, passa-se o serão á lareira e dorme-se em tendas de campismo.
Mas o dia grande é mesmo a Segunda-feira de Páscoa, Arronches fica deserta, o almoço no campo faz parte da tradição, chega a faltar espaço para encontrar uma sombra ou um bom lugar para estender a toalha para saborear um belo ensopado ou assado de borrego, acompanhados de uma boa pinga da região.
Ao fim da tarde desmontadas as tendas a paz regressa ás margens do Caia, a natureza algo ressentida do impacto humano aos poucos volta à normalidade aguardando a próxima invasão que vai ocorrer no próximo ano.
Felizmente a crescente consciência ecológica da população já quase não regista os excessos praticados no passado em que árvores eram mutiladas ou mesmo abatidas e lixo deixado disperso pelas margens da barragem.
Nem as condições climáticas adversas que se registam nos últimos dias condicionaram a afluência do muito público praticante do campismo de Páscoa na Barragem do Caia e zonas envolventes.
É por estas e por outras que o nosso Parque de Campismo de Campo Maior está ás moscas e depois pratica-se campismo selvagem durante semanas destruindo a fauna e flora, sujando a barragem e invadindo propriedades particulares.
ResponderEliminarAlmoçar um dia na barragem e manter a tradição tudo bem, agora fazer campismo durante dias consecutivos, isso deveria ser proibido.
Ao anónimo de Campo Maior
ResponderEliminarFazias melhor figura ficando calado, estás preocupado com umas centenas de pessoas que passam um fim-de-semana na barragem numa ocasião de festa mas não enxergas os rebanhos de ovelhas, vacas ou cavalos que diariamente pastam e defecam nas águas da barragem durante todo o ano
Nuno
O ANONIMO ANTERIOR DEVE SER COMUNISTA, PENSA QUE AINDA ESTAMOS NO TEMPO DAS OCUPAÇOES EM QUE AS PROPRIEDADES ERAM DE TODOS MENOS DO DONO
ResponderEliminarAo anónimo de Campo Maior:
ResponderEliminarO campismo selvagem já está proibido, mas os poucos autos levantados pelo SEPNA são "ignorados" pelas câmaras.
DEVES SER ALGUM AGRÁRIO DONO DE ALGUM DOS REBANHOS QUE PASTAM NO TERRENO DA BARRAGEM PERTENCENTE AO ESTADO, ISTO COM O AGRAVANTE DE CONTRIBUIRES PARA A POLUIÇÃO DA ÁGUA QUE ABASTECE POPULAÇÕES.
ResponderEliminarDEIXA LÁ O PESSOAL COMER O BORREGO OU O FOLAR NA BARRAGEM QUE COMPARADO COM OS DANOS CAUSADOS PELO TEU REBANHO NA CAUSA PÚBLICA É ZERO CAMARADA
Os agentes do SEPNA deveriam era ir ver os caminhos públicos que foram fechados e outros que pura e simplesmente foram destruídos com charruas, mas a isto o SPNA e os Srs. presidentes de câmara fingem nada ver, só se lembram dos pescadores nas vésperas das eleições, por mim podem esperar sentados. Qualquer dia para chegar á barragem só mesmo de pára-quedas ou então deitando abaixo esses portões e cercas de arame farpado que roubaram o aceso ao povo os antigos caminhos públicos.
ResponderEliminars portões e as cercas de arame são a imagem do alentejo deserto
ResponderEliminarAté há um proprietário que diz ao seu funcionário para expulsar os pescadores do leito da barragem porque lhe estragam a pastagem...
ResponderEliminarClaro que estragam a pastagem dos animais e afugentam as aves no tempo dos ninhos, vão mas é pescar lá para o açude de arronches.
ResponderEliminarLamento discordar, mas continua a ficar muito lixo no campo e as árvores continuam a ser mutiladas. Houve até quem cortasse um dos postes colocados pelo PNSSM e por diversos voluntários para que a Águia-pesqueira voltasse a ocorrer no local.
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