O presidente da direção dos bombeiros voluntários de
Arronches em declarações à Rádio Portalegre referiu que a corporação está
“asfixiada financeiramente”, devido à quebra de 60 por cento nas receitas
resultantes do transporte de doentes.
Ainda de acordo, com Paulo Trindade, o transporte de doentes
era a “fonte de maior receita da corporação”, que não consegue fazer face aos
“graves problemas financeiros” com que se debate, referindo que os
despedimentos estiveram iminentes, mas conseguiram manter os 12 postos de
trabalho, devido a ajudas do município local, empresários e comerciantes.
Ainda na sequência de algumas acusações de
incompetência dirigidas na "Praça Pública" à Direcção e ao Comando da
Associação dos BVA, relativamente à não atribuição de uma ambulância, a
Associação dos BVA entendeu divulgar os correios trocados com o INEM, de forma
a repor a verdade e que cada um possa retirar as ilações tidas por convenientes
neste processo:
Exm.º Senhor
Presidente do
Instituto Nacional de Emergência Médica
Arronches,
11 de Outubro de 2012.
Tendo
tomado conhecimento, através da comunicação social e de nota à imprensa do
INEM, da atribuição por parte desse prestigiado instituto, de 7 novas
ambulâncias no Distrito de Portalegre, cumpre-me solicitar a V.Ex.ª os
seguintes esclarecimentos:
1. Considerando que a realidade populacional e a consequente
necessidade de prestação de cuidados de emergência médica pré-hospitalar nos
Concelhos de Alter do Chão, Avis, Campo Maior, Fronteira, Monforte, Gavião e
Sousel são semelhante às verificadas no Concelho de Arronches;
2. Consciente de que a dimensão e funcionamento dos Corpos de
Bombeiros do Distrito de Portalegre aos quais foram atribuídas as referidas
ambulâncias são similares ao CB que constitui a Associação dos Bombeiros
Voluntários de Arronches;
3. Sabendo que, nos foi proposta a adesão ao SIEM (Sistema
Integrado de Emergência Média), ao qual aderimos no passado mês de Abril, e
que, algumas das Associações às quais foi atribuída uma viatura, recusaram
assinar o protocolo;
4. Ciente de que, as viaturas, propriedade desta Associação, que
prestam a citada emergência médica sem encontram obsoletas e em fim de vida;
5. Considerando ainda que, a atribuição de uma nova viatura
devidamente equipada à Associação dos Bombeiros Voluntários de Arronches, se
traduziria numa mais-valia no que diz respeito à prestação de cuidados de
emergência médica pré-hospitalar aos habitantes do Concelho.
Pelo
atrás exposto, venho rogar a V.Ex.ª. que me sejam elucidados os critérios de
atribuição das referidas ambulâncias, de modo, a serem prestados os devidos
esclarecimentos à restante Direcção, Comando e Corpo Activo da Associação, bem
como, às restantes entidades concelhias e a toda a comunidade local.
Mais
informo que, a Direcção e o Comando da Associação dos Bombeiros Voluntários de
Arronches, se encontram disponíveis para reunir com V.Ex.ª de modo a elucidar
qualquer dúvida que tenha persistido e também a demonstrar pessoalmente a
necessidade da citada viatura.
Antecipadamente
grato pela atenção dispensada.
O Presidente da
Direcção,
Exmo. Senhor Paulo Trindade
Presidente da Direção dos BV Arronches
Data: 16 de Outubro de 2012
11:53
Encarrega-nos
o Exmo. Senhor Presidente deste Instituto de responder ao V. e-mail com data de 11 de outubro, que
mereceu a nossa melhor atenção e sobre o qual nos cumpre informar:
1) O
INEM assumiu já publicamente a vontade de dispor em todos os concelhos do país
(leia-se Portugal Continental, onde tem responsabilidades) de garantias de
resposta, pelo menos ao nível das ambulâncias de suporte básico de vida;
2) Perante as limitações orçamentais atualmente
existentes, foram definidos critérios de prioridade para a satisfação do ponto
1) que entre outros pressupostos, assentam fundamentalmente no número de
serviços prestados pelos Corpos de Bombeiros (Postos Reserva) nas suas áreas de
atuação. Lembramos que os BV Arronches tiveram, em 2011, 62 serviços de
emergência médica pré-hospitalar.
3) Foram o número de serviços efetuados e a
cobertura de eixos rodoviários mais significativos, bem como de áreas de maior
afluxo turístico que permitiram definir as prioridades de atribuição de Postos
de Emergência Médica (PEM), aquando da candidatura ao Projeto InAlentejo, do
QREN, efetuada por este Instituto em 2009 e
concretizada no passado mês de setembro.
4) Pelas razões supra descritas, não foi esse Corpo de Bombeiros incluído no conjunto de novos PEM, limitando-se a seleção na altura efetuada a considerar os Corpos de Bombeiros do distrito de Portalegre com maior número de serviços. Não foram os BV Arronches o único Corpo de Bombeiros que não viu considerada a sua passagem a Posto de Emergência Médica, o que, como se compreenderá, foi limitado pelas disponibilidades orçamentais existentes.
4) Pelas razões supra descritas, não foi esse Corpo de Bombeiros incluído no conjunto de novos PEM, limitando-se a seleção na altura efetuada a considerar os Corpos de Bombeiros do distrito de Portalegre com maior número de serviços. Não foram os BV Arronches o único Corpo de Bombeiros que não viu considerada a sua passagem a Posto de Emergência Médica, o que, como se compreenderá, foi limitado pelas disponibilidades orçamentais existentes.
5) Estamos certos que V. Exªs continuarão a desenvolver
todos os esforços para que os vossos operacionais mantenham um desempenho
eficiente das missões na área do socorro pré-hospitalar, aguardando a
capacidade financeira que permita a existência de um Posto de Emergência Médica
em todos os concelhos, como supra se refere.
Com os nossos melhores cumprimentos,
Gabinete de Marketing e Comunicação
Instituto
Nacional de Emergência Médica, IP
Informação
ResponderEliminarEmbora não tenha-mos julgar a opinião dos leitores em relação ás matérias aqui publicadas, existe a obrigação de respeitar o bom nome de pessoas ou instituição aqui visadas, é frequente que a coberto do tal pseudo anonimato se comentam excessos de linguagem ou se pretendam atingir outros objetivos, como se pode constatar nas últimas postagens, com dúzias de anónimos a intervir.
Como é sabido este é um espaço de informação que se pretende isenta, credível e objectiva, quando deixar de trilhar esse caminho será mais um desses espaços que por ai existem sem a mínima credibilidade, antros de má-língua e difamação de pessoas ou apenas com intenções politicas.
Em relação a este anónimo do qual transcrevemos o primeiro paragrafo da sua missiva:
“Ora antes de mais muito Bom Dia. Após leitura do texto publicado fiquei completamente indignado com tal notícia”.
Informa-mos da total disponibilidade em publicar este e outros comentários, sendo necessário apenas que os seus autores o não façam a coberto do anonimato ou maldosamente tentar atribuir os mesmos a outras pessoas e por último assumindo “virtudes e acusações”, contidas nos mesmos.
Se as pessoas pudessem dar o nome livremente sem a seguir receberem represalias por parte de pessoas ligadas diretamente a instituições.... Também existe essa opção para que elementos da própria instituição possam contar algumas das muitas verdades existentes. Mas não convém a população saber não é verdade. Mais do mesmo como sempre!
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