terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

“Uma poda mal feita pode condenar a árvore”



Um pouco por todo o país as árvores dos espaços urbanos continuam a ser vítimas de acções bárbaras que arrepiam e indignam os corações mais sensíveis. Este problema poderia ser minorado se os responsáveis por esses espaços facultassem acções de formação aos técnicos que trabalham nesse sector de forma a frequentarem cursos de podas de árvores. Essas mesmas árvores passariam a ser podadas com mais gosto, ficando com parte dos seus ramos ou galhos, prontos a “trabalhar” mais um ano em nosso benefício, purificando-nos o ar e dando-nos a apetecida e refrescante sombra quando o sol escalda.Podar as árvores dos espaços urbanos não exige grande ciência, qualquer agricultor brioso o sabe fazer, mas, alguns dos que tratam das árvores em espaços públicos vão mais pelo facilitismo e pela insensibilidade. Quando se poda uma árvore temos de sentir que estamos a tratar de outro ser vivo indispensável à nossa sobrevivência e de uma generosidade sem limites. Por isso, Miguel Torga imaginava a poda das videiras do Douro, “como uma mãe que faz a trança à filha”.Alguns serviços camarários dizem que certas árvores têm de ser brutalmente decepadas porque as ruas em que estão plantadas são demasiado pequenas para o seu porte e alguns munícipes não gostam de árvores perto das suas habitações, muitas vezes a pretexto da possível sujidade ocasionada pelas folhas da árvore ou pelo simples facto de alguém que mora na zona e quer ter uma vista desafogada. Pois bem, antes de se plantar uma árvore deve-se avaliar o espaço que lhe queremos destinar e assim evitar no futuro ter que mutilar ou abater árvores saudáveis.

Em Arronches embora este drama seja menos frequente, por vezes surge uma ou outra situação como a da foto que ilustra este post, registada na Bairro de Santo António.
Para além de pouco estéticos os troncos destas jovens árvores, poderão ainda provocar algum acidente a quem circule pelo passeio em noites de menor visibilidade…

1 comentário:

  1. É verdade, é pena ninguem ter pedido contas ao Sr.Pinheiro pelo que fez à árvore que existia à mais anos que ele naquele local.
    Penso que não deveria ficar impune, pela barbaridade que fez.

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