23 de Maio de 2010, 19:22
Covilhã, Castelo Branco, 23 mai (Lusa) -
Centenas de pessoas foram hoje impedidas de entrar no treino aberto da seleção portuguesa de futebol, apesar de mais de metade dos 10 mil lugares do Complexo Desportivo da Covilhã estarem vazios.
À entrada do estádio era difícil não ouvir queixas e vozes de descontentamento, especialmente de grupos de pessoas de outras paragens, como contaram à Agência Lusa.
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) tem oferecido três mil bilhetes para os treinos e hoje subiu a oferta para quatro mil, disse fonte da autarquia ligada à organização, mas não foram suficientes.
"Nunca houve nenhum dia com tanta gente", comentou à Agência Lusa Carlos Garrim, vendedor de artigos da seleção, sempre presente à porta do estádio.
À entrada do estádio era difícil não ouvir queixas e vozes de descontentamento, especialmente de grupos de pessoas de outras paragens, como contaram à Agência Lusa.
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) tem oferecido três mil bilhetes para os treinos e hoje subiu a oferta para quatro mil, disse fonte da autarquia ligada à organização, mas não foram suficientes.
"Nunca houve nenhum dia com tanta gente", comentou à Agência Lusa Carlos Garrim, vendedor de artigos da seleção, sempre presente à porta do estádio.
António Borges, viajou com a família desde o Porto, mas ficou à porta. "Chegámos às 10:00, fomos conhecer a Covilhã e depois, aqui, disseram-nos que era preciso levantar bilhetes, mas já não havia. Não percebo: na televisão anunciaram que o treino era aberto", referiu.
"Só somos bons para pagar impostos ao fim do ano. Fico com uma má recordação e acho que, assim, mais valia perderem logo no primeiro jogo do Mundial", concluiu.
Vítor Fernandes, residente na Covilhã, também estava insatisfeito: "Tenho um bilhete para o jogo com Cabo Verde, mas, sinceramente, nem sei se cá ponho os pés".
"Viemos levantar bilhetes, mas hora e meia depois já não havia e agora temos que ficar cá fora com tantos lugares vazios lá dentro", explicou, a seu lado, Amílcar Cabral.
Nuno Cardoso viajou desde Castelo Branco "depois de ouvir na televisão que o treino era aberto", mas estava revoltado por ficar à porta.
"Pedem apoio para quê? Para ficarmos à porta com tantos lugares vazios e taparem tudo com panos", questionou, prosseguindo: "Isto não se percebe, só se o selecionador Queiroz não quiser mostrar as borradas que faz. Deviam era deixá-los a jogar sozinhos nas partidas oficiais".
Rosa Nunes acompanhou outros 15 pais de crianças de uma academia de futebol de Arronches, no Alentejo, visivelmente agastados por ficarem à porta, pois só os mais novos conseguiram entrar.
"Tínhamos bilhetes para todos, mas houve um problema na contagem que a funcionária reconheceu. Só que o segurança nem ligou para o assunto. Queríamos apoiar a seleção, mas como", questionou.
"Tínhamos bilhetes para todos, mas houve um problema na contagem que a funcionária reconheceu. Só que o segurança nem ligou para o assunto. Queríamos apoiar a seleção, mas como", questionou.
Gorete Pires acompanhou a família, que viajou desde a Guarda, em vão. "Acho que isto não está bem organizado. É um treino, havia de entrar toda a gente, mas em vez disso há muitas pessoas dececionadas".
Entre as centenas que não conseguiram bilhete, dezenas ocupavam o passeio à porta do Hotel Turismo da Covilhã, mas também ali havia queixas por falta de simpatia da seleção.
"As pessoas estão aqui à pinha para os apoiar, mas os jogadores não estão a dar muita atenção", referiu Marlene Coelho, com o filho de dois anos ao colo e a queixar-se de não ter bilhete para o treino: "Pelo menos deviam retribuir e saírem todos pela porta da frente para os podermos ver".
Uma opinião partilhada por Pedro Gouveia, de Aguiar da Beira, que se deslocou à Covilhã em busca de uma entrada no treino. "Já que não consegui, gostava pelo menos de os ver".
LFO.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
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Não será a melhor maneira de se iniciar a caminhada para o mundial. Os responsáveis, sejam da federação ou da própria equipa técnica, nada fazem ou pouco fizeram para ganhar a simpatia dos portugueses para o apoio que se quer,total e caloroso, como é aliás apanágio do povo Português. O responsável máximo da Federação Portuguesa de Futebol, por estar cansado e de saída, o treinador Carlos Queiroz, com a sua cultura britânica, não compreendem ou não querem compreender a alma Lusa e o próprio Governo não encontrou melhor maneira de apoio à `Selecção do que retirar-lhe o estatuto de utilidade pública e declará-la fora da lei.Mas apesar de tudo , desejo que a nossa Selecção, e não a deles, consiga os melhores resultados possíveis e possa gerar algum contentamento e alegria, de que tanto necessitamos.
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