Um homem foi condenado, pelo Tribunal da Relação do Porto, a
três meses de prisão por chamadas falsas para o Instituto Nacional de
Emergência Médica (INEM), que mobilizou dezenas de militares da GNR, bombeiros,
ambulâncias e helicópteros.
O homem de 52 anos fez um telefonema anónimo, de um
telemóvel que não permite receber chamadas, a 01 de fevereiro de 2012, às 13h28,
para a linha de emergência 112, referindo ter sofrido um despiste e caído a um
precipício, na carrinha da empresa de construção civil, na autoestrada A24,
sendo o único sobrevivente dos seis ocupantes.
O indivíduo alegava que estava encarcerado e precisava de ser
socorrido, não sabendo precisar o local por estar nevoeiro.
O falso alarme mobilizou nas buscas 18 militares da GNR e
oito viaturas, um helicóptero, bombeiros de cinco corporações e médicos e
enfermeiros de uma ambulância de suporte imediato de vida, de uma viatura
médica de emergência e reanimação e de intervenção pré-hospitalar.
Os operadores da linha de emergência perceberam que se
trataria de uma chamada falsa quando, contactada a mulher e o filho, por pedido
do homem, estes referiram que ele estava desempregado, logo não poderia ter
tido um acidente numa carrinha de trabalho, referindo ainda que decorria entre
ambos um processo de divórcio.
Pela prática do crime de abuso e simulação de sinais de
perigo, o homem foi condenado a três meses de prisão efetiva e ao pagamento de
uma multa de 398,11 euros à GNR pelo prejuízo causado, nomeadamente pelo
combustível gasto e pela deslocação e ocupação de militares.
O INEM reclamou uma indemnização de 235,96 euros pela
deslocação de meios, não lhe tendo sido atribuído por não haver comprovativos
desses gastos.
Fonte do Gabinete de Marketing e Comunicação do INEM referiu à imprensa ter sido a primeira vez que um cidadão foi punido com pena de prisão por
fazer chamadas falsas para a linha de emergência em Portugal
Fica o alerta se brincar com fogo pode acabar queimado, inclusive todos aqueles que simulam falsos acidentes, como tem acontecido ultimamente no distrito de Portalegre.
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