A apresentação deste livro "Elvas na Idade Média", acontece no âmbito das
comemorações do Dia Mundial do Livro, a cargo do autor, Prof. Fernando Branco
Correia, docente do Departamento de História da Universidade de Évora, tendo
lugar a 22 de abril de 2014, pelas 18 horas, na Biblioteca Municipal de Elvas
Dra. Elsa Grilo.
Trata-se da mais recente edição do CIDEHUS - Centro
Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora,
em parceria com a Câmara Municipal de Elvas, e que contou ainda com o apoio da
Fundação Eugénio de Almeida, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento
Regional do Alentejo e da Direção Regional de Cultura do Alentejo.
Sinopse:
Este livro fala do nascimento de Elvas. Há vestígios de
povoamento humano no seu território desde fases pré-históricas, mas as
primeiras menções escritas a Elvas e à existência do seu núcleo urbano surgem
nas obras de geógrafos e de cronistas de uma Idade longa a que, no Ocidente, se
convencionou chamar de Média. Porém, é nos séculos de domínio islâmico – no
quadro do desaparecido al-Andalus – que a cidade se revela, possivelmente não
muito distante da fase em que se funda Badajoz. Mas, poder-se-á dizer que é uma
fundação «árabe»? E, ao ser integrada nos domínios do reino de Portugal, as
marcas da sua pertença ao al-Andalus ter-se-ão apagado por completo? É para
algumas destas questões que esta obra propõe algumas respostas. Sem pretender
abranger todos os aspectos das dinâmicas e do quotidiano dos primeiros séculos
de vida de Elvas, este livro atravessa os séculos do domínio islâmico, tenta
interpretar o processo de incorporação desta cidade no jovem reino de Portugal
e a forma como soube gerir a sua nova posição de fronteira em face de um reino
vizinho, também ele conquistador de terras do Sul, com o qual sempre existirão
relações e cumplicidades – mais que conflitos, que também houve. É uma outra
Elvas que então se afirma; será uma das principais portas do reino, crescerá em
número de habitantes e em área urbanizada, e nas suas ruas e campos cruzar-se-ão
judeus, cristãos e muçulmanos até finais do século XV.
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