O livro “Elvas na Idade Média”
foi apresentado ao final desta terça-feira dia 22 de abril, na Biblioteca
Municipal da cidade, no âmbito do Dia Internacional do Livro, numa cerimónia
que contou com a presença do autor, Fernando Correia Branco, Elsa Grilo,
vice-presidente na autarquia elvense, Comendador Roldão de Almeida e Fernando
Mão de Ferro, das edições Colibri.
Trata-se da mais recente edição
do CIDEHUS - Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da
Universidade de Évora, agora editada em parceria com a Câmara Municipal de
Elvas, e com o apoio da Fundação Eugénio de Almeida, da Comissão de Coordenação
e Desenvolvimento Regional do Alentejo e da Direção Regional de Cultura do
Alentejo.
Sinopse:
Este livro fala do nascimento de
Elvas. Há vestígios de povoamento humano no seu território desde fases
pré-históricas, mas as primeiras menções escritas a Elvas e à existência do seu
núcleo urbano surgem nas obras de geógrafos e de cronistas de uma Idade longa a
que, no Ocidente, se convencionou chamar de Média. Porém, é nos séculos de
domínio islâmico – no quadro do desaparecido al-Andalus – que a cidade se
revela, possivelmente não muito distante da fase em que se funda Badajoz. Mas,
poder-se-á dizer que é uma fundação «árabe»? E, ao ser integrada nos domínios
do reino de Portugal, as marcas da sua pertença ao al-Andalus ter-se-ão apagado
por completo? É para algumas destas questões que esta obra propõe algumas
respostas. Sem pretender abranger todos os aspectos das dinâmicas e do
quotidiano dos primeiros séculos de vida de Elvas, este livro atravessa os
séculos do domínio islâmico, tenta interpretar o processo de incorporação desta
cidade no jovem reino de Portugal e a forma como soube gerir a sua nova posição
de fronteira em face de um reino vizinho, também ele conquistador de terras do
Sul, com o qual sempre existirão relações e cumplicidades – mais que conflitos,
que também houve. É uma outra Elvas que então se afirma; será uma das
principais portas do reino, crescerá em número de habitantes e em área
urbanizada, e nas suas ruas e campos cruzar-se-ão judeus, cristãos e muçulmanos
até finais do século XV.
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