E se, de repente, à sua caixa do
correio chegar uma missiva cujo remetente se intitula director de um banco ou
importante companhia de seguros ou ainda como sendo um alto quadro do governo
de determinado país, ou familiar de um antigo dignitário de uma qualquer nação,
propondo-lhe um negócio altamente rentável, com milhões à mistura, não hesite:
ignore e não ceda à tentação de responder, trata-se da burla conhecida como as “Cartas
da Nigéria”.
É uma situação que nos últimos
dias está a chegar por carta à caixa de correio de alguns arronchenses, vinda
de Espanha e com a proposta de um prémio milionário ganho na “Lotería Primitiva
Espanhola”, sem nunca ter apostado um cêntimo na referida lotaria.
Nesta situação “O melhor é nem
ler duas vezes e até rasgar a carta”, advertem as autoridades, a propósito
daquela que é uma das mais conhecidas fraudes, aplicada de diferentes formas,
sempre com novas versões e designada na gíria policial por “Cartas da Nigéria”.
O nome e morada correctos do
destinatário, o tom algo caloroso da mensagem – redigida em qualquer idioma, deficiente
mas sempre farta em pormenores e detalhes – e o selo e o carimbo oficiais do país
de onde é expedida, podem fazer vacilar os sonhadores com milhões e assim como os mais
incautos. Mas não há dúvidas: independentemente das variantes que foi
assumindo, este tipo de cartas mais não é que a tentativa de um crime de burla.
Em plena “era digital”, o recurso
ao correio electrónico vulgarizou este tipo de actuação e a maioria dos
utilizadores da Internet já terá recebido pelo menos um e-mail, remetido por
alguém que promete transferências de quantias avultadas à troca de “pequenas
ajudas” ou de procedimentos simples.
Certo é que, por carta ou por
correio electrónico, e algumas vezes até por fax, esta correspondência continua
a circular e a merecer a atenção das autoridades, em Portugal e no mundo, não
deixando de fazer vítimas, apesar de ser um esquema já demasiado conhecido.
“Quando a esmola é grande o santo
desconfia”, diz-se, mas muitos ainda se deixam tentar pela promessa de dinheiro
fácil. “Há sempre uns tantos que ainda alinham”, confirmam as autoridades. E
depois de “cair no conto do vigário” não há praticamente retorno e o preço
pago é quase sempre demasiado elevado.
Segundo os investigadores, “os
destinatários são escolhidos de forma aleatória, muitas vezes com base em registos
informáticos. Mas são quase sempre dirigidas [as cartas] a pessoas idosas ou
com posição de destaque no meio empresarial ou em sectores influentes da
sociedade”.
Por norma quando há a recepção de
uma carta numa determinada zona isso significa que foram expedidas centenas ou
milhares para a mesma área.
Fica o aviso se receber uma
destas cartas com promessas milionárias caídas do céu, desconfie, não faculte
dados pessoais e não deixe de avisar as autoridades.
Caro Emilio reconheço que é das pessoas melhor informadas em Arronches, prestando um serviço publico de qualidade sem estar cego por nenhum clube caseiro ou facção politica, se não for indiscrição gostaria de saber qual a formula para conseguir tamanho feito numa terrola que apenas tem alguma visibilidade lá por fora graças ao seu contributo, dando inclusive cobertura a eventos e personagem que não o merecem, infelizmente Arronches é pródiga em gente vaidosa e ingrata, fruto da inépcia, inveja ou falta de talento de uns quantos malabaristas conhecidos da maioria pela sua atitude nada recomendável, esses mesmos que continuam a morder-lhe nas canelas e a dar-lhe palmadas nas costas! Vergonhoso!!!
ResponderEliminarFaz algum tempo, também já recebi uma carta dessas, felizmente desconfiei da sorte.
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