quinta-feira, 11 de abril de 2013

A burla das “Cartas da Nigéria” bate à porta dos arronchenses


E se, de repente, à sua caixa do correio chegar uma missiva cujo remetente se intitula director de um banco ou importante companhia de seguros ou ainda como sendo um alto quadro do governo de determinado país, ou familiar de um antigo dignitário de uma qualquer nação, propondo-lhe um negócio altamente rentável, com milhões à mistura, não hesite: ignore e não ceda à tentação de responder, trata-se da burla conhecida como as “Cartas da Nigéria”.

É uma situação que nos últimos dias está a chegar por carta à caixa de correio de alguns arronchenses, vinda de Espanha e com a proposta de um prémio milionário ganho na “Lotería Primitiva Espanhola”, sem nunca ter apostado um cêntimo na referida lotaria.

Nesta situação “O melhor é nem ler duas vezes e até rasgar a carta”, advertem as autoridades, a propósito daquela que é uma das mais conhecidas fraudes, aplicada de diferentes formas, sempre com novas versões e designada na gíria policial por “Cartas da Nigéria”.

O nome e morada correctos do destinatário, o tom algo caloroso da mensagem – redigida em qualquer idioma, deficiente mas sempre farta em pormenores e detalhes – e o selo e o carimbo oficiais do país de onde é expedida, podem fazer vacilar os sonhadores com milhões e assim como os mais incautos. Mas não há dúvidas: independentemente das variantes que foi assumindo, este tipo de cartas mais não é que a tentativa de um crime de burla.

Em plena “era digital”, o recurso ao correio electrónico vulgarizou este tipo de actuação e a maioria dos utilizadores da Internet já terá recebido pelo menos um e-mail, remetido por alguém que promete transferências de quantias avultadas à troca de “pequenas ajudas” ou de procedimentos simples.

Certo é que, por carta ou por correio electrónico, e algumas vezes até por fax, esta correspondência continua a circular e a merecer a atenção das autoridades, em Portugal e no mundo, não deixando de fazer vítimas, apesar de ser um esquema já demasiado conhecido.

“Quando a esmola é grande o santo desconfia”, diz-se, mas muitos ainda se deixam tentar pela promessa de dinheiro fácil. “Há sempre uns tantos que ainda alinham”, confirmam as autoridades. E depois de “cair no conto do vigário” não há praticamente retorno e o preço pago é quase sempre demasiado elevado.

Segundo os investigadores, “os destinatários são escolhidos de forma aleatória, muitas vezes com base em registos informáticos. Mas são quase sempre dirigidas [as cartas] a pessoas idosas ou com posição de destaque no meio empresarial ou em sectores influentes da sociedade”.

Por norma quando há a recepção de uma carta numa determinada zona isso significa que foram expedidas centenas ou milhares para a mesma área.

Fica o aviso se receber uma destas cartas com promessas milionárias caídas do céu, desconfie, não faculte dados pessoais e não deixe de avisar as autoridades.  

2 comentários:

  1. Caro Emilio reconheço que é das pessoas melhor informadas em Arronches, prestando um serviço publico de qualidade sem estar cego por nenhum clube caseiro ou facção politica, se não for indiscrição gostaria de saber qual a formula para conseguir tamanho feito numa terrola que apenas tem alguma visibilidade lá por fora graças ao seu contributo, dando inclusive cobertura a eventos e personagem que não o merecem, infelizmente Arronches é pródiga em gente vaidosa e ingrata, fruto da inépcia, inveja ou falta de talento de uns quantos malabaristas conhecidos da maioria pela sua atitude nada recomendável, esses mesmos que continuam a morder-lhe nas canelas e a dar-lhe palmadas nas costas! Vergonhoso!!!

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  2. Faz algum tempo, também já recebi uma carta dessas, felizmente desconfiei da sorte.

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