A reabertura das fronteiras entre Portugal e Espanha foi
assinalada esta quarta-feira, dia 1 de julho, pelos chefes de Estado e de
Governo dos dois países, em cerimónias que decorreram em Badajoz e Elvas, com
hinos nacionais e fotos de família tendo a raia do Alentejo e da Extremadura de
fundo.
As cerimónias arrancaram pelas 9h45 no Museu Arqueológico da
Alcáçova de Badajoz, e prosseguiram depois no Castelo de Elvas, no Alentejo.
Em ambos os lados da fronteira, foram executados os hinos
português e espanhol, perante o Presidente da República de Portugal, Marcelo
Rebelo de Sousa, o rei de Espanha, Felipe VI, do primeiro-ministro português,
António Costa, e o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez.
Em Badajoz os hinos foram executados pela Orquestra da
Estremadura e em Elvas, pela Banda da Armada.
No final da cerimónia em Elvas, Marcelo Rebelo de Sousa,
Felipe VI, António Costa e Pedro Sanchéz fizeram um curto percurso a pé, na
zona do castelo, fazendo um pequeno desvio para cumprimentar algumas pessoas
que lhes acenavam e gritavam vivas ao rei.
A cerimónia em território português terminou com outra
"foto de família" num miradouro de onde se avista Espanha, junto ao
qual os quatro conversaram mais longamente, e por momentos sem máscara e Felipe
VI apontou por diversas vezes para a zona de Olivença.
A margem da Cerimónia em Elvas, ativistas da Plataforma MIA-Movimento
Ibérico Antinuclear, distribuíram um comunicado que tentaram ainda fazer chegar ao Rei de Espanha e Presidente
da República Portuguesa, apelando ao encerramento da Central Nuclear de Almaraz
localizada a cerca de 110 km da fronteira portuguesa.
De referir que devido à pandemia de covid-19, por decisão
conjunta, dos dois países a fronteira luso-espanhola esteve encerrada durante
três meses e meio, entre os dias 17 de março e 30 de junho, com pontos de
passagem exclusivamente destinados ao transporte de mercadorias e a
trabalhadores transfronteiriços entre outros casos contemplados na lei.
Na conferência de impressa que decorreu no Castelo de Elvas,
António Costa e Pedro Sánchez relembram o trabalho “árduo” e o forte apoio
prestado por ambos os países no combate à pandemia, ressalvando que a abertura
das fronteiras está a ser feita de forma “consciente e regulada”.
Fotos/Vídeo/Ver no Facebook/ Emílio Moitas
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