A GNR fez cessar um ajuntamento de pessoas, na sua maioria
jovens, que decorria no passado sábado, na ribeira de Arronches, junto à famosa
queda de água conhecida como "Pego do Inferno", junto à localidade de Mosteiros,
em Arronches, local onde largas de dezenas pessoas praticavam natação ou
participavam em piqueniques na margem da ribeira.
Uma situação que já vinha motivando preocupação desde há
vários dias nesta área do Parque Natural da Serra de São Mamede, com a invasão de propriedades privadas, estacionamento caótico de
viaturas nas bermas da estrada ou ainda a segurança de banhistas que
desconhecem um local perigoso e de difícil acesso.
Ao que conseguimos apurar a ordem das autoridades foi por
todos acatada por estarem em infração às regras definidas para o combate à
pandemia da covid-19, tendo sido abandonado o local sem grande resistência.
Pouco depois um dos grupo
de pessoas que tinha saído do Pego do Inferno, instalou-se na zona ribeirinha
de Mosteiros, frente à Junta de Freguesia, o que voltou a verificar-se este
domingo na parte da tarde, motivando a preocupação
dos residentes e levou de novo a GNR ao
local, que aconselhou as pessoas a manter o
distanciamento e cumprir as regras definidas para o combate à pandemia.
De referir ainda que a GNR alertou na passada quarta-feira
para o novo regime de contraordenações associado às situações de calamidade,
contingência e alerta devido à Covid-19, avançando que vai estar atenta aos
ajuntamentos de pessoas e consumo de bebidas alcoólicas em espaços públicos.
Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana deu conta do
novo regime de contraordenações para quem violar as regras estabelecidas no
âmbito do combate à pandemia de Covid-19 e associadas às situações de
calamidade, contingência e alerta.
Portugal continental está, desde as 00h00 de quarta-feira,
dividido em três níveis de alerta para fazer face à pandemia de Covid-19,
passando a maior parte do país para situação de alerta, enquanto a Área
Metropolitana de Lisboa (AML) para situação de contingência (nível intermédio)
enquanto 19 freguesias de cinco municípios da AML mantêm o estado de
calamidade, existindo medidas diferentes.
A violação destas regras está sujeita a uma coima que varia
entre os 100 e os 500 euros, no caso de pessoas singulares, e entre os 1.000 e
os 5.000 euros, no caso de pessoas coletivas.
A GNR volta a aconselhar a "não concentração de pessoas
na via pública, em número superior ao permitido, correspondendo o não
acatamento de uma ordem legítima de militar da Guarda a uma ordem de dispersão,
à prática do crime de desobediência".
Fotos/ Emílio Moitas
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