Comunicado de Imprensa – Espoliados e indignados!
"Este comunicado é emitido pelos trabalhadores da Selenis recentemente despedidos no âmbito dos processos de Insolvência criados em dois sectores que foram transformados em empresas no ano de 2005 e agora absorvidos novamente. Transformar a antiga Finicisa num “Parque Industrial” só pode ter sido uma brincadeira de mau gosto que teve os resultados que todos constatámos. Reconhecemos que, lamentavelmente, esta prática empresarial é hoje muito comum e é, até, um mecanismo que permite contornar a lei, utilizando “testas de ferro” para o efeito como foi o caso do Sr. José Carlos Cameselle Rivas, enquanto gerente da Júpiter S.G.P.S., SA, cujo Presidente da Assembleia Geral era o Sr. Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa, ligado à Cofina S.G.P.S., SA e Ramada Investimentos S.G.P.S. , SA. A família Matos Gil que estava comodamente instalada nos Conselhos de Administração das várias “sub-empresas” criadas afastou-se, para dar lugar às Insolvências sem que os seus bens, os de uma das famílias mais ricas de Portugal pudessem ser postos em causa. O Grupo Imatosgil foi accionista da Júpiter até 2009 e teve sempre influência nas “sub-empresas” criadas a partir desde 2005 até à presente data.
Em primeiro lugar reclamamos que nos consideramos vítimas dum plano bem arquitectado pelo Grupo Imatosgil que nos espoliou dos nossos empregos e nos deixou com pagamentos em atraso e sem a justa e devida indemnização. Este despedimento foi considerado ilícito pelo Ministério Público e fica marcado pelo facto de os trabalhadores atingidos não conhecerem os critérios, nem a justificação legal da escolha. Ficamos espoliados e Portalegre fica mais pobre. Acusamos também este grupo de ter afastado sob ameaça de despedimento, quadros competentes desta cidade para Sines e em consequência disso, as suas famílias. Denunciamos a prática de salários baixos e supressão de regalias outrora praticadas assim como a prática de abusos laborais.
Em segundo lugar manifestamos a nossa indignação face às recentes manobras de contratação de trabalhadores, depois de terem despedido cerca de meia centena de trabalhadores dedicados e experientes, quando o único “senão” era receberem acima dos 500€ agora praticados. Chegam ao cúmulo de recorrerem ao Centro de Emprego e requisitarem alguns dos que despediram e a quem devem dinheiro. Afinal o argumento de que os trabalhadores despedidos não faziam falta era falso e demonstra má fé.
Por último, denunciamos também a falta de solidariedade e de atitude dos deputados eleitos pelo distrito, entre outras entidades que não tiveram uma atenção sobre este problema que além de afectar a cidade deixou a Segurança Social com grandes encargos. Sentimos que os infractores ficaram impunes e com a fama de salvadores. Nós, portalegrenses ficámos espoliados e indignados!"
"Este comunicado é emitido pelos trabalhadores da Selenis recentemente despedidos no âmbito dos processos de Insolvência criados em dois sectores que foram transformados em empresas no ano de 2005 e agora absorvidos novamente. Transformar a antiga Finicisa num “Parque Industrial” só pode ter sido uma brincadeira de mau gosto que teve os resultados que todos constatámos. Reconhecemos que, lamentavelmente, esta prática empresarial é hoje muito comum e é, até, um mecanismo que permite contornar a lei, utilizando “testas de ferro” para o efeito como foi o caso do Sr. José Carlos Cameselle Rivas, enquanto gerente da Júpiter S.G.P.S., SA, cujo Presidente da Assembleia Geral era o Sr. Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa, ligado à Cofina S.G.P.S., SA e Ramada Investimentos S.G.P.S. , SA. A família Matos Gil que estava comodamente instalada nos Conselhos de Administração das várias “sub-empresas” criadas afastou-se, para dar lugar às Insolvências sem que os seus bens, os de uma das famílias mais ricas de Portugal pudessem ser postos em causa. O Grupo Imatosgil foi accionista da Júpiter até 2009 e teve sempre influência nas “sub-empresas” criadas a partir desde 2005 até à presente data.
Em primeiro lugar reclamamos que nos consideramos vítimas dum plano bem arquitectado pelo Grupo Imatosgil que nos espoliou dos nossos empregos e nos deixou com pagamentos em atraso e sem a justa e devida indemnização. Este despedimento foi considerado ilícito pelo Ministério Público e fica marcado pelo facto de os trabalhadores atingidos não conhecerem os critérios, nem a justificação legal da escolha. Ficamos espoliados e Portalegre fica mais pobre. Acusamos também este grupo de ter afastado sob ameaça de despedimento, quadros competentes desta cidade para Sines e em consequência disso, as suas famílias. Denunciamos a prática de salários baixos e supressão de regalias outrora praticadas assim como a prática de abusos laborais.
Em segundo lugar manifestamos a nossa indignação face às recentes manobras de contratação de trabalhadores, depois de terem despedido cerca de meia centena de trabalhadores dedicados e experientes, quando o único “senão” era receberem acima dos 500€ agora praticados. Chegam ao cúmulo de recorrerem ao Centro de Emprego e requisitarem alguns dos que despediram e a quem devem dinheiro. Afinal o argumento de que os trabalhadores despedidos não faziam falta era falso e demonstra má fé.
Por último, denunciamos também a falta de solidariedade e de atitude dos deputados eleitos pelo distrito, entre outras entidades que não tiveram uma atenção sobre este problema que além de afectar a cidade deixou a Segurança Social com grandes encargos. Sentimos que os infractores ficaram impunes e com a fama de salvadores. Nós, portalegrenses ficámos espoliados e indignados!"
Os trabalhadores despedidos da Selenis
Portalegre, 29 de Agosto de 2011
Portalegre, 29 de Agosto de 2011
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