O Grupo Cívico SOS São Mamede denunciou na passada terça-feira dia 27 de Setembro, a colocação de vedações em arame farpado, com mais de dois metros de altura, em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede, com “impactos negativos” sobre a paisagem e fauna.Segundo o porta-voz do Grupo Cívico SOS São Mamede, Miguel Teotónio Pereira, que falava em conferência de imprensa as vedações começaram a ser colocadas há cerca de dois anos e “invadiram toda a zona norte do concelho de Marvão, numa extensão de muitos quilómetros”.
Miguel Teotónio Pereira afirmou desconhecer para que efeitos é que as vedações estão a ser colocadas, mas desconfia de “motivações económicas” que estão a transformar a paisagem do PNSSM num verdadeiro “campo de concentração ou zona militar”.
A altura das vedações, com cerca de 2,45 metros e o facto de estarem vedados alguns cursos de água e de não estarem garantidas passagens para a circulação da fauna e de carros de bombeiros em caso de incêndio, são alguns dos problemas identificados pelo Grupo SOS São Mamede, nesta intervenção que está a ser feita no PNSSM.
O Grupo SOS São Mamede, apresentado hoje, conta com mais de uma centena de subscritores entre os quais a Quercus, que também criticou a colocação das vedações numa extensa área do PNSSM.
Segundo o dirigente distrital daquela associação ambientalista, José Janela, os impactos são “extremamente negativos”, ao nível da paisagem e da fauna.
“A paisagem na zona norte do concelho de Marvão está a ficar completamente retalhada e no que concerne à fauna estamos muitos preocupados porque as vedações construídas em arame farpado, junto ao solo, e com uma altura muito elevada, vão provocar a morte de muitas aves e impedir a circulação de mamíferos de grande porte”, disse.
Veja aqui o Vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=m64QpFFBeqY&feature=player_embedded
A partir de Setembro, a Serra de São Mamede terá uma rede de corredores ecológicos, com mais 3000 m2, inseridos na Rede Natura 2000.
ResponderEliminarEsta Serra irá contar com uma rede de percursos de interesse ecológico a partir do aproveitamento de caminhos e aceiros já existentes, com uma riqueza paisagística, histórica e arquitetónica para que o visitante possa tirar partido do património natural e cultural da região.