O dia 21 de Setembro, dia comemorativo da extinta Guarda Fiscal vai ser recordado em Arronches com uma festa convívio que vai juntar colegas, familiares e amigos desta força policial extinta em 1993.
O programa tem início pelas 12h00, com uma missa na igreja matriz de Arronches, seguido pelas 13h00 do almoço convívio a decorrer no complexo “Os Celeiros”, em Arronches.
Após o almoço e durante a tarde vai acontecer uma tarde de convívio com música ao vivo e partilha de vivencias adquiridas ao longo dos anos dedicados à corporação.
Para participar neste convívio deverá ser feita inscrição até ao próximo dia 18 de Setembro, junto do cabo Silva – 962 511 161 ou cabo Caiadas – 968 300 942.
Um pouco de história da GF- Guarda Fiscal
A Guarda Fiscal foi criada pela Monarquia Liberal, em 1885, com o objectivo de impedir o contrabando e sujeitar os produtos à cobrança dos respectivos impostos aduaneiros.
A GF realizava a mais dura fiscalização das alfândegas portuguesas, a fiscalização externa, estando o seu dispositivo presente nos mais recônditos lugares da fronteira marítima e terrestre. Com o 25 de Abril de 1974 foi incumbida de fiscalizar a entrada e saída de cidadãos do país, serviço antes desempenhado, pela PIDE/DGS.
Em 1993,inesperadamente, e muito por força do Ministro da Administração Interna, Dias Loureiro, A GF é extinta e integrada, como Brigada Fiscal, na GNR.
A partir dessa data o declínio da instituição foi notório. Muitas das suas competências foram progressivamente deixadas ao abandono pelos comandos da GNR, passado a ASAE, ou a Polícia Marítima, a ter de assegurar essas missões.
Em 2008, e por reforma do Ministro da Administração Interna António Costa a Brigada Fiscal é extinta.
GF – Um elemento marcante na geografia raiana portuguesa do séc. XX
Na defesa da fronteira, a Guarda Fiscal foi um elemento marcante do séc. XX em muitas localidades raianas.
O Alentejo não foi excepção, da Beira ao Algarve por lugares perdidos na geografia da raia, há muitas histórias para contar, sobretudo histórias de contrabando do café, do açúcar, da amêndoa, do tabaco, do sabão, do arroz, da farinha, etc., etc. …
Numa das últimas viagens que efectuei ao Algarve, tive a grata surpresa de descobrir em Alcoutim um pequeno grande monumento dedicado à Guarda Fiscal, a perpetuar a nostalgia e o respeito pelos homens que a troco de míseros ordenados eram colocados longe de casa, cumprindo serviço horas a fio, em escalas sofridas, fazendo passar o tempo que parecia teimar em não querer passar muitas vezes em locais inóspitos e noites geladas.
Uma dimensão humana que muitas vezes não é reconhecida por quem só olhava as fardas e os rostos fechados.
Actualmente quase todos os Postos da Guarda Fiscal estão agora em ruínas.
Em Arronches o de Esperança foi transformado em Junta de Freguesia, os das Datas e Tagarrais foram vendidos a particulares e o edifício da rua do Barroso em Arronches está devoluto.
Fica o poema de Eugénio de Andrade, que transcrevi em Alcoutim, que soube reconhecer o quotidiano dos muitos guardas fiscais que foram fulcrais na vida daquela vila durante anos e anos.
Murmúrio de água na clepsidra gotejante
Lentas gotas de som no relógio da torre
Fio de areia na ampulheta vigilante
Leve sombra azulando a pedra do quadrante
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre.O programa tem início pelas 12h00, com uma missa na igreja matriz de Arronches, seguido pelas 13h00 do almoço convívio a decorrer no complexo “Os Celeiros”, em Arronches.
Após o almoço e durante a tarde vai acontecer uma tarde de convívio com música ao vivo e partilha de vivencias adquiridas ao longo dos anos dedicados à corporação.
Para participar neste convívio deverá ser feita inscrição até ao próximo dia 18 de Setembro, junto do cabo Silva – 962 511 161 ou cabo Caiadas – 968 300 942.
Um pouco de história da GF- Guarda Fiscal
A Guarda Fiscal foi criada pela Monarquia Liberal, em 1885, com o objectivo de impedir o contrabando e sujeitar os produtos à cobrança dos respectivos impostos aduaneiros.
A GF realizava a mais dura fiscalização das alfândegas portuguesas, a fiscalização externa, estando o seu dispositivo presente nos mais recônditos lugares da fronteira marítima e terrestre. Com o 25 de Abril de 1974 foi incumbida de fiscalizar a entrada e saída de cidadãos do país, serviço antes desempenhado, pela PIDE/DGS.
Em 1993,inesperadamente, e muito por força do Ministro da Administração Interna, Dias Loureiro, A GF é extinta e integrada, como Brigada Fiscal, na GNR.
A partir dessa data o declínio da instituição foi notório. Muitas das suas competências foram progressivamente deixadas ao abandono pelos comandos da GNR, passado a ASAE, ou a Polícia Marítima, a ter de assegurar essas missões.
Em 2008, e por reforma do Ministro da Administração Interna António Costa a Brigada Fiscal é extinta.
GF – Um elemento marcante na geografia raiana portuguesa do séc. XX
Na defesa da fronteira, a Guarda Fiscal foi um elemento marcante do séc. XX em muitas localidades raianas.
O Alentejo não foi excepção, da Beira ao Algarve por lugares perdidos na geografia da raia, há muitas histórias para contar, sobretudo histórias de contrabando do café, do açúcar, da amêndoa, do tabaco, do sabão, do arroz, da farinha, etc., etc. …
Numa das últimas viagens que efectuei ao Algarve, tive a grata surpresa de descobrir em Alcoutim um pequeno grande monumento dedicado à Guarda Fiscal, a perpetuar a nostalgia e o respeito pelos homens que a troco de míseros ordenados eram colocados longe de casa, cumprindo serviço horas a fio, em escalas sofridas, fazendo passar o tempo que parecia teimar em não querer passar muitas vezes em locais inóspitos e noites geladas.
Uma dimensão humana que muitas vezes não é reconhecida por quem só olhava as fardas e os rostos fechados.
Actualmente quase todos os Postos da Guarda Fiscal estão agora em ruínas.
Em Arronches o de Esperança foi transformado em Junta de Freguesia, os das Datas e Tagarrais foram vendidos a particulares e o edifício da rua do Barroso em Arronches está devoluto.
Fica o poema de Eugénio de Andrade, que transcrevi em Alcoutim, que soube reconhecer o quotidiano dos muitos guardas fiscais que foram fulcrais na vida daquela vila durante anos e anos.
Murmúrio de água na clepsidra gotejante
Lentas gotas de som no relógio da torre
Fio de areia na ampulheta vigilante
Leve sombra azulando a pedra do quadrante
Creo que un primo de mi suegro fue Guarda Fiscal.
ResponderEliminarQue saudades dessa terra linda, filha de um Guarda Fiscal nasci em Esperança, recordo as minhas idas aos bailes nos Casinos de La Codesera com umas amigas do Marco, hoje resido em Braga mas Arronches e Esperança estão no meu coração.
ResponderEliminarParabéns pelo excelente trabalho neste blog de Arronches.
Zulmira / Braga