Integrado nas comemorações dos
356 anos da Batalha das Linhas de Elvas, o Museu Militar acolheu, na passada
quarta-feira, feriado municipal, a apresentação do livro "El Atlas Medici
de Lorenzo Possi. 1687".
A obra foi apresentada com a
presença dos autores: Carlos Sánchez Rubio, de Carlos Sánchez Rubio, gerente de
4 Gatos, e as professoras de Historia Rocío Sánchez e Isabel Testón.
Este livro com edição da
Fundación Caja Badajoz teve grande repercussão em Portugal, com os principais
arquivos e bibliotecas a solicitarem exemplares para as suas colecções.
Esta obra aborda a vida e obra, até agora
desconhecida, de Lorenzo Possi, engenheiro militar de origem italiana, e que
serviu o Império Espanhol na segunda metade do século XVII, tendo como fio condutor
o Atlas "Piante d'Estremadura e di Catalogna", que este desenhou até
1687, data em que ocupava o cargo de comandante da Fortezza Vechia de Livorno,
como presente para Ferdinando de Medici.
O "Atlas Medici de Lorenzo
Possi", manuscrito, inédito e desconhecido até agora, contém 34 planos e
18 vistas de localidades relacionadas com a carreira profissional de Lorenzo
Possi como engenheiro militar (entre 1667 e 1678), assim como quatro planos
gerais: um da fronteira hispano portuguesa, (na qual se inclui Arronches),
outro da Catalunha, um terceiro da zona dos Pirenéus catalães e o quarto de
Rosellón.
A cerimónia de apresentação desta
obra em Elvas por parte da da Fundación Caja Badajoz, teve por objectivo
associar-se à efeméride que lembrava esta Batalha e ao mesmo tempo fortalecer e
estreitar laços com Portugal. Um evento ao qual assistiram dezenas de
convidados, entre entidades civis e militares, assim como Nuno Mocinha,
presidente da Câmara Municipal, alcaides de Badajoz, Francisco Javier Fragoso
Olivença, Bernardino Píriz, e os presidentes de la diputación, Valentín Cortés,
e da Fundación Caja Badajoz, Francisco García Peña.
De referir o alcaide de Badajoz é
a segunda vez que assiste às comemorações da Batalha das Linhas de Elvas, um
contenda que que no passado enfrentou os exércitos de ambos os países,
referindo aos jornalistas, "cuando algo es importante para tu hermano,
tienes que estar ese día con él porque es un acto simbólico" e lembrou que
historicamente nunca antes um alcaide pacense tinha assistido a estas
cerimónias.
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