A Liga para a
Protecção da Natureza (LPN) diz, em nota de imprensa, que “o abate de mais de
10 mil árvores no perímetro de Alqueva” vem reforçar um processo que se pauta
“por graves incumprimentos e ilegalidades”.
A LPN acusa a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e
Infra-Estruturas de Alqueva de ter “celebrado um contrato, sem concurso, para a
execução errada e sem autorização de um abate de árvores protegidas”.
A Associação Ambientalista afirma ainda que, desde o início
do projecto, “desmontaram-se fábricas de papel sem cuidados ambientais,
desmataram-se e desflorestaram-se várias áreas sem o cumprimento da legislação
ambiental e directivas europeias em vigor, ameaçando espécies protegidas, e
falhou-se nos compromissos de monitorização de impactos nos caudais ecológicos
e no seu possível reajustamento, no impacto da barragem nas espécies piscícolas
autóctones e sua fragmentação de habitats”.
Eugénio Sequeira, da direcção nacional LPN, considera que
esta foi “mais uma asneira feita” pela EDIA, referindo ainda que o abate de 7
mil azinheiras e sobreiros e 4500 oliveiras secas, porque foi excedida a cota
máxima prevista de enchimento, que serviam de apoio a projectos de introdução
de águias-pesqueiras, é mais um caso evidente da tendência para o desprezo
manifestado frente à legislação ambiental e aos compromissos assumidos pela
EDIA após a Avaliação de Impacte Ambiental.
A LPN enviou pedidos de esclarecimento à EDIA, ao Instituto
de Conservação da Natureza e Florestas e à Agência Portuguesa de Ambiente sobre
estes abates, exigindo que sejam tomadas medidas contra os envolvidos pelas
ilegalidades cometidas.
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