A Divisão Sociocultural e Educativa da Associação dos
Bombeiros Voluntários de Portalegre organiza na tarde do próximo sábado dia 16
fevereiro, pelas 15 horas, uma sessão de apresentação pública da obra "A
Mulher do Sargento Espanhol”, da autoria de Aragonez Marques.
A apresentação do
livro estará a cargo de Adriano Capote e a sessão será moderada por Avelino
Bento. Segue-se um mini concerto pelo Grupo Coral da ASSP Portalegre.
A mulher do Sargento Espanhol, do portalegrense autor
Aragonez Marques, foi distinguida com uma Menção Honrosa na 1ª edição do Prémio
Literário Joaquim Mestre, instituído pela ASSESTA (Associação de Escritores do
Alentejo), em parceria com a Direcção Regional de Cultura do Alentejo e com a
colaboração do Município.
Sinopse da obra:
A descoberta de uma falange, de uma falanginha, de uma
falangeta e de uma rótula, nas valas onde se enterravam os porcos durante a
calamitosa Peste Suína Africana, leva-nos a descobrir uma aldeia que cresce
graças a uma Santa que foi enterrada viva.
Uma carta recebida da Argentina empurra-nos para uma ferida
aberta pela guerra civil espanhola que influencia Portugal clandestinamente.
Uma emigrante que limpa o pó ao "abuelo"
embalsamado.
O primeiro amor de Perón.
Behamonde, o herói aviador republicano, irmão do general
Franco.
O acidente do avião da Madeira. Pinceladas de Buenos Aires, Açores, Mulhacén, o Vale dos
Caídos, La Roca de la Sierra, mas também Arronches, Elvas, Portalegre, Ribeira
de Nisa... Alentejo.
Cheiros de um tempo em que as criadas de servir serviam para
tudo, criadas por quem serviam.
Uma escola reprodutora do sistema com personagens que o
mantinham.
Uma igreja que se cansava de manter um regime.
Personagens de loucura, Cinha Cinhona, o Engoletudo, Paulo
Macedónia, o primo Júlio, o padre Cabral, a Dona Antónia, o Zé da Coelha,
Papafina de Jesus, o Ventoinha, o Zarolho, o Espanhol, Salazar o Cigano,
Patrocínio Marques casada com Salustiano Pérez Román, o sargento espanhol, e
muitas outras, que se cruzaram, se tocaram, mas não se encontraram.
Um romance vertiginoso onde se misturam tempos e memórias e
onde a Mulher, nua e crua, é central no desenrolar da história que se conta.
A Mulher do Sargento Espanhol é ficção pura, marioneta nos
dedos da realidade.
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