Fruto da crise e do abandono do meio rural floresceu um novo
negócio com o roubo de máquinas agrícolas, frutos e animais sem esquecer o abate
de árvores em terrenos abandonados ou em locais ermos para vender a madeira
para fornos e lareiras, um pouco por todo o Alentejo.
A fazer lembrar tempos idos no Alentejo da ditadura, onde
guardas privados de herdades e a Guarda Republicana a patrulharem os montados de
azinho de forma a evitar a acção de Boleteiros ou trabalhadores rurais que no
final do dia levavam meia dúzia de bolotas para casa na mochila, volta agora a
vigilância com acções direccionadas contra o furto de castanhas e azeitonas.
Segundo o coronel Joaquim Nunes, comandante do Comando
Territorial de Portalegre da GNR, em declarações à imprensa, “esta é uma altura em que o patrulhamento é
reforçado em especial nos locais onde existe um povoamento maior de
castanheiros, para que as pessoas percebam que a guarda está a policiar e
afastar a vontade de furtar”.
“Naturalmente que num território tão vasto, as coisas nem
sempre são fáceis. Porque quando falamos de milhares de hectares, nós não
conseguimos estar em todos os sítios ao mesmo tempo, dada a existência de grandes
olivais, ou a grande mancha de castanheiros que existe no distrito, naturalmente
que nós conseguimos direccionar também os meios para esses locais na tentativa
de podermos afastar essa possibilidade” referiu.
A operação “Campanha da Castanha 2015” teve início no
distrito de Portalegre no passado dia 20 de outubro e decorre até dia 15 de
novembro.
Fotos: E. Moitas
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