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terça-feira, 19 de novembro de 2019

Arronches - Vara de porcos na montanheira


No Alentejo a montanheira é definida como uma atividade ligada ao montado (floresta mediterrânica de sobro e/ou azinho) e simultaneamente, ao Porco Alentejano.

É uma forma ecológica de engordar porcos em regime extensivo para abate e que pelo seu processo, maneio e condições alimentares (bolota ou lande) disponível no sob coberto da floresta mediterrânica, origina uma carne de qualidade superior e um tipo de gordura ideal para fazer transformados do porco (presunto e enchidos).
Vídeo/fotos - Emílio Moitas / Global News 2019 - Ver vídeo no Facebook



domingo, 3 de janeiro de 2016

Alentejo - Comissão Europeia financia porco preto


A Associação de Criadores do Porco Alentejano viu aprovado pela Comissão Europeia um projecto de promoção do porco preto alentejano em Espanha, França e Portugal.

O projecto da ACPA tem um orçamento de 465 mil euros, para três anos, tendo sido aprovado por Bruxelas um co-financiamento 50%, ou seja, 232 mil euros.

O presidente da ACPA, Nuno Faustino, considera que a aprovação é um “reconhecimento do potencial que a raça tem e o acreditar no desenvolvimento económico que pode vir a trazer a Portugal e sobretudo à região Alentejo”.

O projecto de divulgação do porco Alentejo terá a maior parte das acções centradas em Portugal, mas prevê também iniciativas de promoção em Espanha e em França.

Arronches conhecida por "Terra de Porcos", desde tempos imemoriais, assim referida inclusive por cronistas reais, continua a manter a tradição da criação e valorização do porco preto, criado nos vastos montados de azinho deste concelho,  e alimentado de bolotas.
Fotos: E. Moitas 


terça-feira, 27 de outubro de 2015

Portalegre – GNR contra o furto de castanha nos soutos do distrito


Fruto da crise e do abandono do meio rural floresceu um novo negócio com o roubo de máquinas agrícolas, frutos e animais sem esquecer o abate de árvores em terrenos abandonados ou em locais ermos para vender a madeira para fornos e lareiras, um pouco por todo o Alentejo

A fazer lembrar tempos idos no Alentejo da ditadura, onde guardas privados de herdades e a Guarda Republicana  a patrulharem os montados de azinho de forma a evitar a acção de Boleteiros ou trabalhadores rurais que no final do dia levavam meia dúzia de bolotas para casa na mochila, volta agora a vigilância com acções direccionadas contra o furto de castanhas e azeitonas.

Segundo o coronel Joaquim Nunes, comandante do Comando Territorial de Portalegre da GNR, em declarações à imprensa,  “esta é uma altura em que o patrulhamento é reforçado em especial nos locais onde existe um povoamento maior de castanheiros, para que as pessoas percebam que a guarda está a policiar e afastar a vontade de furtar”.

“Naturalmente que num território tão vasto, as coisas nem sempre são fáceis. Porque quando falamos de milhares de hectares, nós não conseguimos estar em todos os sítios ao mesmo tempo, dada  a existência de grandes olivais, ou a grande mancha de castanheiros que existe no distrito, naturalmente que nós conseguimos direccionar também os meios para esses locais na tentativa de podermos afastar essa possibilidade” referiu.

A operação “Campanha da Castanha 2015” teve início no distrito de Portalegre no passado dia 20 de outubro e decorre até dia 15 de novembro.
Fotos: E. Moitas 


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Alentejo - A GNR detém indivíduos por roubos de bolota e azeitona


A Guarda Nacional Republicana deteve cinco indivíduos em flagrante delito, na manhã do passado dia 25 de Novembro, quando furtavam bolotas numa herdade.
Ao que conseguimos apurar, os cinco homens ficaram notificados a comparecer em tribunal.

Avis - Seis pessoas detidas por furto de azeitona

Quatro mulheres e dois homens foram detidos pela GNR, no sábado, por furto de azeitona, num olival próximo de Benavila, no concelho de Avis.

As detenções foram feitas no âmbito da Operação “Colheita de Azeitona 2012” que a GNR está a promover em todo o país.

O produto do furto, cerca de 500 quilos de azeitona, foi devolvido ao proprietário do olival.

No distrito de Portalegre a GNR vai empregar na "Operação Oliva" todas as suas valências e meios operacionais, destacando-se a utilização de motos TT e patrulhas de cavalaria, bem como militares afetos às estruturas de investigação criminal e proteção da natureza.

 Para reflectir:

Sem necessidade de recuarmos muito no tempo estas coisas passavam-se nos anos 1940/50.
Havia fome num Alentejo onde umas raízes ou paus de azinho roubados aqueciam a miséria nas frias noites de Inverno, ou um punhado de bolotas ou rabisco de umas azeitonas apanhadas à socapa no campo iludiam a fome a muita gente.

No Alentejo o recurso à apanha de frutos silvestres, lenhas e matos foi bastante frequente, mais que um hábito o recurso à apanha destes géneros nas terras de um único grande proprietário, era a única solução para sobreviver, praticando um delito de forma a dar resposta à falta de apoio social existente na época.

Foram tempos difíceis, onde personagens apelidadas de "malteses, vadios, ou pedintes" faziam parte do quotidiano. Tempos em que tudo aquilo que a caridade não conseguia resolver, fazia-o a repressão de guardas de herdades, polícias municipais e guarda republicana ao serviço dos próprios agrários.

“Ir buscar onde o houver”, foi a solução imposta pela necessidade, solução esta que acabaria por ser admitida como palavra de ordem por forças politicas que na clandestinidade lutavam contra as injustiças da ditadura e brutalmente reprimida pelo crime de roubar umas bolotas para matar a fome... 

Fonte: Rádio Portalegre,
           Rádio Campanário
           As Lutas Sociais dos Trabalhadores Alentejanos: do banditismo à greve, José Pacheco Pereira