Uma família de Portalegre foi detida por suspeita de ter submetido
um jovem de 23 anos a trabalho escravo, como motorista, sem ser pago e ainda
submetido a agressões físicas.
A investigação dos inspetores da Unidade Nacional Contra
Terrorismo da PJ levou à detenção de três homens e uma mulher, da mesma família
residentes em Portalegre, suspeitos dos crimes de tráfico de pessoas,
escravidão e ofensas à integridade física. Os detidos, com 20, 22, 42 e 43
anos, aliciaram um jovem de 23 anos a trabalhar como motorista nas deslocações
da família.
No primeiro acordo, foi-lhe dito que receberia um ordenado.
Mas o jovem acabou escravizado sem nunca ter recebido um cêntimo. Era sujeito a
múltiplas agressões, por recurso a vários métodos, inclusive a armas brancas,
ao longo de um ano. Como foi mantido num ambiente de coação física e psicológica , o jovem foi incapaz de fugir aos suspeitos, como referiu hoje a PJ
em comunicado. Não lhe era permitido circular livremente, nem estabelecer
contactos com os seus familiares ou amigos.
Os quatro detidos foram ontem presentes a primeiro
interrogatório judicial no tribunal de Portalegre, ficaram sujeitos a termo de
identidade e residência, apresentações periódicas semanais e proibição de
contactos com a vítima.
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