quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Arronches – Escaravelho vermelho chegou e começou a danificar as palmeiras


O escaravelho vermelho que tem destruído palmeiras em vários pontos do país fez o seu aparecimento em Arronches por estes dias, atacando uma árvore na zona do Convento de Nossa senhora da Luz.

O Insecto que se julga ter entrado em Portugal em 2007, já se espalhou por todo o país, à excepção dos Açores. Em sete anos dizimou milhares de palmeiras não poupando árvores centenárias e classificadas.

Esta espécie de escaravelho (Rhynchophorus ferrugineus) que ataca as palmeiras, principalmente a palmeira das canarias e as datileiras, foi detectada pela primeira vez em Portugal em 2007, em Albufeira, no Algarve. Por essa altura já Espanha, Itália e outros países mediterrânicos se debatiam há vários anos com o insecto, que é oriundo da Indonésia mas se expandiu a partir da importação de palmeiras do Egipto para a Europa. Naquele ano, a União Europeia considerou obrigatória a luta contra a praga, estabelecendo medidas de emergência. Depois disso Portugal tinha um ano para se candidatar a fundos comunitários para o seu combate, que é caro, mas não chegou a fazê-lo.

Desde então, o escaravelho foi subindo no mapa: segundo a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária, em 2008 a praga foi detectada nas regiões Centro, ano em que chegou também à Madeira; em 2009 chegou à Região de Lisboa e Vale do Tejo e no ano seguinte ao Alentejo e à Região Norte. Apenas os Açores escapam, sendo a única região do país onde não há qualquer registo de contaminação.

Em Arronches como em muitas outras localidades portuguesas resta-nos assistir ao desaparecimento destas árvores, que marcaram a paisagem e faziam parte de memória de muito lugares, com a palmeira ainda existente junto à Santa Casa da Misericórdia, visível de qualquer ponto da vila.

Tentado contrair esta situação as autoridades espanholas no município de Badajoz estão a tratar os exemplares públicos com intervalos de 40 dias para evitar que sejam infectados, usando diferentes produtos químicos segundo a época do ano, num investimento que ronda os 30.000 euros, utilizados na compra de ferramentas e insecticidas na luta contra “El picudo rojo”, como é conhecido em Espanha. 



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