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sábado, 24 de maio de 2014

Arronches hoje foi dia de feira de Maio

Como é tradição hoje dia 24 de Maio foi dia de Feira em Arronches, com uma manhã de temperatura de amena depois de alguns dias cinzentos, foram muitos os arronchenses e visitantes espanhóis que aproveitaram a manhã para fazer compras na Feira de Maio, ou simplesmente passar uma manhã diferente convivendo com conhecidos e amigos.

Longe vão os tempos em que a Feira de Maio era um acontecimento que durante alguns dias gerava grande movimento em Arronches, onde não faltava diversões como o circo, Carrossel, pista de carrinhos de choque, corrida de touros, tenda de cinema ou ainda as celebres barraquinhas de tiro e as afamadas feiras do gado.

Atualmente tudo isto é passado, resumindo-se hoje a feira a uma manhã de vendas, depois convém não esquecer que amanhã dia 25 de maio e último domingo do mês é dia de mercado mensal na vizinha freguesia raiana de Esperança. 









quinta-feira, 17 de abril de 2014

Arronches - Francisco Flores no "Gentes da Gente" da Rádio Portalegre este sábado

'A paixão dos chocalhos'
Francisco Flores, nasceu em Arronches, na freguesia de Esperança no final dos anos sessenta. Foi profissional ligado ao campo desde criança por laços familiares, vaqueiro na companhia do pai deixou-se seduzir pelo campo e paixão dos chocalhos.

Hoje funcionário da Câmara Municipal de Arronches na área dos espaços verdes, continua apaixonado pelos chocalhos que vem coleccionando durante anos e aprendeu mesmo a fazer com os mestres chocalheiros da Casa Galileu em Estremoz.

A arte dos chocalhos é uma das especialidades da casa Galileu, ou não fosse esta uma família com gerações e gerações de mestres chocalheiros, que forneceram ao longo de décadas e fornecem os criadores de gado nacionais e internacionais com chocalhos de elevada qualidade (sempre feitos a mão).

É sobre esta arte e as vivências no campo como guardador de rebanhos que  Francisco Flores conta a sua história de Vida na Rádio Portalegre, este sábado dia 19 de abril entre as 7h00 e as 9h00 no programa “Gentes da Gente”, dirigido por César Azeitona.


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Memórias da arte pastoril no concelho de Arronches

A arte pastoril no Alentejo e em particular no concelho de Arronches remete-nos já para tempos que nos parecem longínquos. Esta arte foi durante muito tempo uma actividade paralela á questão do pastoreio em que se matava o tempo alentejano produzindo os mais variados objectos utilitários, mas também decorativos (eram feitas cáguedas que serviam como fechos de coleira de gado com chocalhos suspensos.

Outros obejetos como tropeços de cortiça, canudos de lareira de cana ou sabugueiro, rolos de madeira para estender a massa, tarros, coxos, molduras saleiros de cortiça, ou ainda trabalhos em chifre, como azeitoneiros, polverinhos, cornas para as azeitonas assobios, botões, pentes etc.) tendo sempre como recurso os materiais mais próximos do pastor (madeira, canas, cortiça, junco, palha, bunho, chifres entre muitos outros dependendo apenas da imaginação e da habilidade).

A navalha é, na arte pastoril, o elemento essencial, é ela que borda os materiais, que escava, que corta, recorta, entalha, encaixa e esgravata. Se por um lado a arte pastoril, nasce para suprimir muitas das carências e dos recursos materiais das quais as pessoas do campo sofriam criando objectos utilitários e de uso pessoal ela começou também assumir uma vertente mais decorativa, mas de uma forma ou de outra nunca esquecendo as questões estéticas. Muitas vezes alguns dos objectos produzidos no campo à sobra de qualquer azinheira era a prova da paciência de um amor cuja obra lhe era oferecida.

A cágueda aqui reproduzida pertence a um chocalho existente na freguesia de Mosteiros e utilizado já por altura da guerra civil espanhola (1936), pelos rapazes da freguesia para na noite de comadres irem dar a chocalhada às raparigas.  

As cáguedas trabalhadas sempre foram o orgulho dos pastores, que tinham possibilidade de as exibir nas feiras ou na cerimónia da bênção do gado, tradição rural cuja memória se perde na memória dos tempos e em que os pastores e proprietários de vários tipos de animais desfilavam frente ao padre, que com o hissope aspergia água benta para cima das reses.

 O Dicionário Cândido de Figueiredo (edição de 1913) diz que “cágueda” é um termo feminino usado na província do Alentejo, para designar a travinca com que às vezes se prende o chocallho à coleira. Etimologicamente provirá de “cáguedo´=cágado”. Efectivamente, há cáguedas que pela sua forma arredondada fazem lembrar um cágado com a cabeça de fora. E o bom povo alentejano, fazendo de padre de serviço, terá baptizado assim aquilo que tinha de ter nome.

Bibliografia
- PESSANHA, D. SEBASTIÃO. Fechos das coleiras do gado na Beira-Baixa e no Alentejo, Imprensa Portuguesa, Porto, 1951.
- Prof. Hernâni Matos - Estremoz

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Arronches – Exposição “Artesanato” de Belmiro Gonçalves no Centro de Educação Ambiental

A exposição de Artesanato de Belmiro Gonçalves, foi inaugurado na tarde da passada terça feira dia 4 de Outubro, no Centro de Educação Ambiental, com a presença da Eng. Fermelinda Carvalho, presidente do município de Arronches e pelo Vice-presidente e responsável pelo pelouro da cultura, Dr. José Bigares e numeroso público que se quis associar a este evento cultural.

Na cerimónia de abertura da exposição o Dr. José Bigares fez a apresentação do artesão, referindo a qualidade das obras expostas que fielmente retratam o passado agrícola do concelho de Arronches, com as juntas de bois a lavrar os campos ou os carros de parelha a transportar o cereal para a eira, hoje aqui representados em miniaturas de madeira.

Por sua vez a senhora presidente de Câmara, Eng. Fermelinda Carvalho, referiu ser grande apreciadora do trabalho do Sr. Belmiro, manifestando ainda a disponibilidade do município em apoiar os artesãos na divulgação das suas obras.

Natural de Esperança e residente em Arronches, Belmiro Gonçalves, aposentado da GNR, inspirou-se na “arte pastoril Alentejana” transmitida de geração em geração para executar as suas peças com as matérias que a natureza envolvente lhe oferece, como a madeira, o boinho, a cortiça, o osso e o chifre, para esculpir peças tão diversas como, "carros de parelha, carroças, trilhos, charruas, cadeiras de bunho ou cornas".

Nesta exposição é ainda possível ver parte da colecção de chocalhos, mangas, picadeiros, esquilas e esquilões, assim como arreios, cáguedas e badalos em madeira.

A Exposição pode ser vista no Centro de Educação Ambiental de Arronches de 4 a 30 de Outubro das 10h00 às 12h30 e das 14h às 17h30 – de terça-feira a domingo.



































































domingo, 24 de maio de 2009

Arronches - A Feira da nossa Terra é a 24 de Maio

Todos os anos em Arronches, é realizada a secular Feira de Maio!

No passado foi a maior e mais aguardada feira das gentes de Arronches e das povoações envolventes, incluídas as da raia espanhola, a população começava a vibrar assim que chegava o mês de Maio e, quando começavam a chegar á vila o carrossel o circo ou mesmo a grande barraca do cinema, vinham moças bonitas da serra e também muitos ciganos, vindos de longe com os seus cavalos, mulas e burros, a feira do gado era algo especial com centenas de animais, a euforia por esses dias era tanta que não se fala de outra coisa em toda a vila!

Tipicamente Alentejana, a Feira de Maio como quase todas as feiras um pouco por todo o país perdeu a magia e a glória do passado, embora continue a movimentar centenas de pessoas não passa de mais um daqueles mercados que diariamente se celebram um pouco por tudo quanto é lugar.

Hoje na Feira de Maio já não encontramos a tenda do circo, ou mesmo aquelas barracas de tiro sempre geridas por simpáticas e coloridas jovens de lábios cor de cereja, a tourada que sempre se celebrava por ocasião da feira de Maio, não acontece mais, como memória do passado apenas essas bancadas de venda de chocalhos e outros utensílios agrícolas que teimosamente se resistem a desaparecer.


Apesar de todas as condições facultadas pela Câmara Municipal quanto a infrasturturas de apoio à actividade da feira, a mesma apenas tem a duração de algumas horas. Foi com agrado que verificamos que esta edição de 2009 foi bastante participada por feirantes e público, talvez mais um sinal da crise em que navegamos actualmente, na feira é sempre possível comprar mais barato.
Deixamos algumas imagens da nossa Feira de Maio de 2009, para mais tarde recordar…

E esperamos que em 2010 a feira seja tão boa ou se possível melhor que a de 2009, e já agora que essa coisa de crise também já seja memória d e um passado menos bom …

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Arronches – Um dia na Feira de Fevereiro…



Hoje dia 24 de Fevereiro em Arronches foi dia de feira, com o bom tempo a convidar a sair de casa foram muitos os arronchenses e forasteiros vindos inclusive da zona raina da vizinha Extremadura espanhola que visitaram a nossa feira.
Como habitual numa feira havia por lá venda um pouco de tudo, desde fruta, têxteis, plásticos, plantas ornamentais e árvores de fruto, calçado, brinquedos e os tradicionais bares de feira onde se podia tomar um copo ou petiscar com os amigos.

Mas o que me levou hoje a falar-vos sobre a nossa feira foi ter por lá encontrado à venda verdadeiras raridades, coisas que no passado foram comuns nas feiras do Alentejo mas que hoje tendem a desaparecer.
Encontrei por lá exposto à venda esta carroça alentejana que ilustra este texto, devidamente equipada com a respectiva mula, uma charrua, grade e demais equipamentos inerentes à lavoura.
Não faltaram interessados na carroça e animal, inclusive aqueles que lhe foram verificaram o estado da dentição do animal, não fosse a mula ter os dentes estragados ou ser demasiado velha.

Não faltaram na feira também os chocalheiros que no passado com os seus chocalhos fizeram as delícias de pastores, vaqueiros ou cabreiros, mas que hoje maioritariamente tem por clientes os coleccionadores destes objectos sonoros.

As principais feiras de Arronches são a 24 de Fevereiro, 24 de Maio, 24 de Agosto e 24 de Novembro.