Alentejo - BE questiona Marta Temido sobre poluição da transformação de bagaço de azeitona

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) questionou recentemente a Ministra da Saúde, Marta Temido, sobre a transformação de bagaço de azeitona em Fortes, no concelho de Ferreira do Alentejo.

O Bloco de Esquerda refere que “a unidade industrial da empresa AZPO – Azeites de Portugal, que transforma bagaço de azeitona, continua a causar problemas ambientais e de saúde pública, segundo a população da localidade de Fortes”.

Posto isto, o BE quer saber se “o Governo confirma a persistência dos problemas de saúde pública relacionados com a transformação de bagaço de azeitona” naquela localidade.

O Bloco quer ainda saber “das medidas urgentes de saúde pública recomendadas ao Governo pela Assembleia da República na Resolução n.º 279/2018, de 23 de agosto, que medidas foram realizadas e quais estão ainda por realizar”.

O grupo parlamentar pergunta ainda “que medidas prevê o Governo adotar para evitar que a unidade industrial continue a causar problemas de saúde pública à população de Fortes”.

De referir que a transformação de bagaço de azeitona em diferentes localidades do Alentejo, como em Fortes ou Monforte, vem motivando mal-estar junto das populações pela poluição provocada, com muito fumo, mau cheiro a dezenas de quilómetros, ou ainda a degradação de estradas nas zonas onde se localizam estas unidades industriais de transformação de bagaço.

Fotos/ Arquivo / E. Moitas 

O rio Caia encheu-se de espuma branca esta manhã em Arronches

O rio Caia na zona do Porto Manes encheu-se de espuma branca, esta manhã junto à vila de Arronches, diz quem observou o rio, que o cenário era impressionante.

Uma situação que aconteceu esta segunda-feira, dia 13 de fevereiro, com o manto de espeça espuma a cobrir o leito do rio, mas que acabou por desaparecer algum tempo depois.

Esta espuma branca é motivada em parte pela ausência de grandes cheias nos últimos anos que limpem o rio, e pela agitação da água, o que acabou por se verificar na passada noite, que  foi de chuva, com o rio a aumentar o caudal, mas isto só acontece porque o rio está sujo, se não estivesse “adoentado”, não apareciam “espumas”.

Ficam algumas imagens desde fenómeno que no fundo é um alerta para alguma poluição no Caia, em particular a foto registada cerca das 10h00, com telemóvel por Francisco Pereira.

Fotos: Emílio Moitas e Francisco Pereira

Mosteiros – Câmara investe no tratamento de águas residuais

 Fermelinda Carvalho, presidente da Câmara Municipal de Arronches, anunciou esta semana, que uma das obras mais esperada desde 2008 pelos habitantes da freguesia de Mosteiros deverá ser concluída no final do ano.

O investimento vai ser feito na obra da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), a construir junto à povoação de Mosteiros, num valor que ultrapassa de 200 mil euros.

A construção desta ETAR resolverá o problema dos maus cheiros que afetam os residentes naquela zona e a poluição na ribeira da ribeira de Arronches o mais importante afluente da Barragem do Caia. 

La Codosera chegou a febre do ouro

A escalada dos preços do nobre metal fazem disparar projectos de novas minas um pouco por toda a península Ibérica, bem próximo de Arronches na vizinha localidade de La Codosera parece que os trabalhos de prospecção vão começar já este mês com a febre do ouro a preocupar as populações.

Uma actividade que não reúne consensos junto dos habitantes da zona dado que são explorações muito poluentes com danos futuros irreversíveis no meio ambiente local.

Diversas associações da Codosera já fizeram ouvir a sua voz contra este projecto junto aos responsáveis pela Junta da Extremadura, considerando que o mesmo significa “Pão para hoje e fome para amanhã”, dado ser pratica corrente por parte das empresas mineiras depois de explorarem os recursos abandonarem os locais de extracção deixando apenas como herança ás populações vastas zonas destruídas e a poluição dos seus recursos naturais.

A mina denominada "La Codosera-Alburquerque", vai ser explorada a céu aberto pela Companhia Autraliana Silver Swan.

Esta empresa tem uma participação de 80% da canadiana Asturgold, que tem os direitos de exploração de uma zona que abrange 1.851 hectares ente as províncias de Cáceres e Badajoz.

Saiba mais sobre este projecto em: http://lacodoserabadajoz.blogspot.pt/2012/04/los-sondeos-de-la-mina-de-oro-la.html

Arronches - “Tirem-me daqui"

Num pseudo placard de publicidade abandonado na zona da Praça de Touros surgiu nos últimos dias a mensagem “Tirem-me daqui”, digamos que o autor da mensagem até tem razão, para além de inestético o local também não é o mais adequado para o dito mono.

É lamentável que os responsáveis e promotores pelos diferentes eventos que utilizam a via pública para a sua promoção, não tenham depois o cuidado de recolher todas essas propagandas que com o passar do tempo se transformam em poluição visual.

Para além de degradarem o ambiente e desvalorizarem os espaços urbanos, acabam por causar desconforto visual a quem transita por esses locais.

Em Arronches um dos melhores exemplos do excesso de elementos ligados à comunicação visual é o Passeio 1º de Maio, rara é a semana em que os candeeiros e postes não são decorados com propagandas em plástico, que raras vezes depois é recolhida pelos responsáveis pela sua colocação.

Acreditamos que o problema, porém, não é a existência da propaganda, mas sim o seu descontrole.

Alentejo - Barragem do Caia - poluída por cianobactérias

Uma mancha de algas, de cor azul e um cheiro intenso, que as autoridades acreditam ser tóxica, foi detectada esta manhã na barragem do Caia, no perímetro do concelho de Campo Maior, junto ao parque de campismo.

A mancha foi detectada pelos elementos do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR de Elvas.

Em declarações á Rádio Elvas, António Paula Campos, delegado de Saúde do concelho de Campo Maior disse que as autoridades suspeitam que se trata de uma substância tóxica.

"Estamos em crer que se trata de uma cianobactéria. Uma alga tóxica que aparece em algumas barragens de água parada”.

Ainda segundo o Delegado de Saúde a presença desta substância "provoca uma cor azulada na água atribuindo-lhe um cheiro a ranço".

Do local já foram retiradas amostras que foram encaminhadas para o Laboratório Nacional de Saúde Pública. O resultado das mesmas deverá ser conhecido no prazo de uma semana.

A autarquia de Campo Maior emitiu um alerta à população daquele concelho, no qual "interdita a prática da pesca e banhos” nas águas da barragem.

“Este fenómeno é prejudicial para a saúde humana mas também para animais e plantas. Pode provocar vários problemas de saúde, nomeadamente problemas de pele e respiratórios, por isso não são aconselháveis os banhos ou quaisquer práticas aquáticas neste momento. Deve evitar-se que os animais se aproximem da barragem para beber água”, aconselha a técnica ambiental.

A barragem do Caia assegura o abastecimento público aos concelhos de Elvas, Campo Maior e Arronches.

Paula Campos afasta, para já, qualquer cenário de alarmismo e impacto na saúde pública.

"É uma situação temporária e normal nas albufeiras com características como a do Caia, com água rica em nutrientes agrícolas e parada. Agora devido às mudanças climáticas, nomeadamente o aumento de temperatura, as algas vieram à superfície”, explicou.

A autarquia de Campo Maior vai emitir um aviso às Câmaras de Elvas e Arronches, também abrangidas pelas águas da barragem.

Fonte/ Rádio Elvas
Foto/ Município de Campo Maior

Arronches - poluição ameaça Barragem do Caia

Proporcionando paisagens de grande beleza e paz de espírito, a Barragem do Caia apresenta a maior albufeira de todo o distrito de Portalegre, correndo os concelhos de Elvas, Arronches e Campo Maior.

A Barragem tem um volume de cerca de 126 milhões de metros cúbicos de água armazenada, sendo sobretudo utilizada para regadio e abastecimento de água às populações dos concelhos envolventes.
Nos últimos anos com a escassez de chuvas durante os meses de Inverno com a consequente descida do nível da água desta barragem durante o Verão vem contribuindo para a sua degradação ambiental.

Actualmente uma das maiores ameaças para a qualidade da água desta barragem, está no muito Lixo deixado disperso nas margens, assim como nos inúmeros rebanhos que utilizam a bacia da barragem como zona de pastagem durante praticamente todo o ano.

Importantes para sobrevivência de inúmeras espécies de aves aquáticas é ainda local de invernada de aves migratórias.

Foto 1 - Aspecto da barragem junto da ponte do Baldio em Outubro 2009

Foto 2 - Aspecto da barragem na zona da Pedra de Cegonha e Zambujal em Outubro 2009