Um homem de 32 anos faleceu no passado dia 13 de maio,
enquanto trabalhava num tomatal na zona de Gévora, a escassos quilómetros da
fronteira do Caia, segundo informação avançada pelas autoridades Extremeñas, no
decorrer de uma jornada de trabalho de 10 horas, o normal seria que fizesse uma jornada
laboral de 8 horas, mas a mesma por norma é de onze ou doze horas, quanto mais horas
se trabalha mais se ganha.
Juan Francisco Dias, natural de Olivença, junto com mais 15
companheiros trabalhava numa enorme propriedade de regadio com cerca de 112 hectares
onde crescem tomates, local onde se paga 6 euros à hora a cada trabalhador, quase
todos eles antes trabalhadores da construção civil, hoje reconvertidos em operários agrícolas.
Segundo o doutor Gustavo González Ramírez, médico de família
da rede de Saúde Publica Extremeña, qualquer pessoa pode ser vítima de uma
situação semelhante, referindo que para sofrer um golpe de calor não é
necessário reunir condições especiais, embora existam grupos de risco como os
bebés ou as pessoas idosas, mas o calor nos pode afetar todos.
O golpe de calor é o quadro mais grave de uma serie de
alterações que se produzem quando nos submetemos a temperaturas excessivas. O
organismo humano é capaz de aguenta bem variações de temperatura interna de
três graus, mas a partir dos 40,5 ou 41 as consequências podem ser fatais “Alerta”.
O segredo para não sofrer um golpe este problema e ficar atento para os sintomas, quando ainda não se tenha alcançado os 40 graus. “Os
quadros clínicos mais leves começam a manifestar-se entre os 37 e os 40 graus
com suores, calor excessivo, tonturas e cãibras musculares. Se nessa altura a
vitima não se retira do sol e começa a ingerir líquidos, a temperatura do corpo
continua a subir e os sintomas a começarem a manifestar-se com dor de cabeça
progressiva até que a pessoa entra em coma, e na pior das situações a “falecer”.
No local do acidente Inspectores de Trabalho elaboraram o
habitual relatório, fontes da Delegación del Gobierno, confirmaram aos jornalistas
que se tratou do modo de proceder normal nestes casos de acidente laboral.
Fica o alerta para o perigo dos golpes de calor com a
exposição excessiva ao sol em dias de temperatura elevada, situação que vitimou
também dois portalegrenses que em tempos se descolaram numa viagem de moto ao
deserto marroquino.
Foto: E. Moitas
Foto: E. Moitas
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