Alegrete “Castelo Com Vida” valoriza património histórico

A Junta de Freguesia de Alegrete, no concelho de Portalegre promove, este sábado, 7 de outubro, a segunda edição do “Castelo Com Vida”, um evento cultural com animação musical, um desfile infantil, dança e uma caminhada pelas fontes da freguesia.

De referir que recentemente requalificados, o Castelo e o Castelejo de Alegrete, concelho de Portalegre, foram equipados com um conjunto de passadiços, de onde se pode desfrutar da deslumbrante paisagem envolvente.

Do alto da fortaleza, a 502,9m de altitude, pode apreciar-se a magnífica panorâmica sobre as localidades de Assumar, Monforte, Veiros, Estremoz e Évoramonte.

Para mais informação consultar programa em anexo.

Emílio Moitas 

 

Arronches - Reabilitação do Convento vai salvar património histórico em risco de ruína

O Convento de Nossa Senhora da Luz, em Arronches vai ser alvo de obras de reabilitação num investimento superior a 1,3 milhões de euros a cargo do município local.

Um projeto que marca o início de uma obra há muito esperada por todos os arronchenses e que, pela sua ampla dimensão e complexidade, irá desenrolar-se por um período de dezoito meses.

No total, o Município de Arronches irá fazer um investimento de 1.259.122,73€, candidatando esta empreitada a fundos comunitários, tendo em vista a comparticipação de parte desse valor.

De referir que o histórico Convento de Nossa Senhora da Luz de Arronches, foi fundado por iniciativa de Fr. Hilário de Jesus, religioso agostiniano natural de Portalegre, depois de ter visto goradas as suas tentativas para erigir uma casa da sua ordem naquela cidade e, posteriormente, na vizinha vila de Alegrete.

Em princípios de 1570, alcançadas as licenças da Câmara de Arronches, do rei D. Sebastião e do então bispo de Portalegre, D. André de Noronha, foi finalmente erigido o convento na ermida de Nossa Senhora da Luz, situada no adro daquela vila, para esse efeito doada pelo prelado portalegrense aos religiosos gracianos, por provisão de 24 de Janeiro do mesmo ano, sendo a nova casa formalmente aceite na Ordem, em capítulo realizado pouco tempo depois, em Vila Viçosa.

Durante os quatro anos seguintes, a comunidade viveu recolhida no castelo até que, em 1 de maio de 1574, se transferiu definitivamente para o novo convento então consagrado.

O convento e igreja receberam ao longo da sua existência, diversas graças e privilégios concedidos por vários soberanos e, entre outros, pelos pontífices Benedito XIII, Clemente X e Benedito XIV.

De entre as relíquias que existiam na Igreja da Senhora da Luz, mereciam especial relevo as de São Cosme e São Matias, ofertadas aos religiosos pela rainha D. Catarina de Bragança a quem as mesmas tinham sido doadas por sua sobrinha, a imperatriz D. Maria, esposa do imperador Maximiliano II.

O convento foi extinto pelo Decreto de 30 de maio de 1834.

Fotos/Emílio Moitas 

 

Alentejo – Agricultura intensiva e impunidade continuam a destruir o património histórico

A Direção Regional de Cultura do Alentejo, em nota de imprensa dá conta que apresentou uma queixa-crime no Ministério Público por causa da destruição de uma anta na Herdade do Vale de Moura, perto de Évora.

“Já fizemos aquilo que temos que fazer”, que foi “a comunicação, como queixa-crime, da destruição de património” junto do Ministério Público, afirma a diretora regional de Cultura do Alentejo.

 

Ana Paula Amendoeira diz que direção regional “teve conhecimento da destruição de património arqueológico na Herdade do Vale da Moura”, a qual ocorreu “na sequência de um projeto de agricultura de amendoal de regadio”.

 

“Estamos ainda a averiguar a extensão da destruição, mas aquilo que sabemos é que foi destruída uma anta que estava referenciada no Plano Diretor Municipal (PDM) de Évora” e no parecer da DRCAlentejo sobre “património a salvaguardar naquela propriedade”, refere.

 

A diretora regional indicou que o organismo está “a avaliar a extensão do que foi efetivamente destruído” para, posteriormente, “fixar medidas de salvaguarda dos trabalhos arqueológicos que vão ter que ser feitos em todo o caso”.

Fonte/Diana/FM / Foto / Emílio Moitas / Arquivo

Arronches - Abertura da Igreja do Espírito Santo

Integrado no programa das comemorações do 25 de Abril em Arronches abriu hoje ao público a igreja do Espírito Santo.
Depois de um longo período de trabalho de restauro e conservação efectuados nesta igreja que se encontrava bastante arruinada, os arronchenses puderam hoje constatar a excelente intervenção efectuada neste histórico edifício pela Câmara Municipal de Arronches. Na cerimónia de abertura o presidente do município Gil Romão, numa curta intervenção fez referência ao estado avançado de degradação em que este imóvel se encontrava assim como ao esforço efectuado pelo município tendo em vista a recuperação deste monumento.

Segundo relatos da época a igreja do Espírito Santo foi dos edifícios que maiores danos, sofreu com o terramoto de 1755 na vila de Arronches.

A antiguidade desta igreja é também referida pelo padre Luiz Cardoso: “ Tem esta villa dentro de si huma Igreja com a invocação do Divino Espírito Santo, obra antiquíssima, e não há memória nenhuma de sua fundação (…) He Templo de bastante grandeza , de huma só nave, e todo de abobada, com famoso pórtico de cantaria(…)…Retablo de Talha dourada e toda a Capela pintada de arquitectura de boa mão(…).