A atriz arronchense Isabel Abreu, destaque de capa da revista Saúde, edição nº66 de julho de 2021, num trabalho de Maria Jorge Costa e fotografia de Pedro Loureiro, intitulado de “Neste momento representar é um superpoder”.
Na entrevista à revista Saúde, Isabel Abreu conta que aos
oito a ou nove anos em Arronches, já sabia que queria ser atriz. Foi um choque
chegar a Lisboa, habituada a Arronches, uma pequena vila alentejana. Era muito
novinha, tinha 17 anos quando entrei no conservatório e logo no primeiro período
entrei na lista negra. Fui aconselhada a sair e foi-me dito que eu nunca iria
ser atriz, nem aqui nem na China.
Como a Isabel tinha talento e uma certeza inabalável “façam
o quiserem, vão ter de levar comigo até ao fim”, com muita dedicação e trabalho
triunfou sendo uma arronchense de sucesso que nunca esqueceu o seu Alentejo e a
terra que a viu crescer e da qual nos orgulhamos de ter como embaixadora
cultural e amiga.
Saiba mais sobre Isabel Abreu, na revista Saúde, que pode
encontrar em qualquer farmácia e “Neste momento representar é um superpoder”.
De referir que Isabel Abreu regressou aos palcos em abril, no Teatro Nacional D. Maria II, depois da paragem forçada pela pandemia, com a peça “Catarina e a Beleza de Matar Facistas”, com texto e encenação de Tiago Rodrigues.
No ano da pandemia promoveu várias iniciativas para ajudar
pessoas na área cultural. É uma mulher cada vez mais empenhada em causas, o
projeto “Todos Merecemos" é o exemplo mais recente da atriz.
“Há lugar para a violência na luta por um mundo melhor”
Esta família mata fascistas. É uma tradição antiga que cada
membro da família sempre seguiu. Hoje, reúnem-se numa casa no campo, no Sul de
Portugal, perto da aldeia de Baleizão. Uma das jovens da família, Catarina, vai
matar o seu primeiro fascista, raptado de propósito para o efeito. É um dia de
festa, de beleza e de morte. No entanto, Catarina é incapaz de matar ou
recusa-se a fazê-lo. Estala o conflito familiar, acompanhado de várias
questões.
O que é um fascista? Há lugar para a violência na luta por
um mundo melhor? Podemos violar as regras da democracia para melhor a defender?
Entretanto, surge por vezes o fantasma de uma outra Catarina, a ceifeira
Catarina Eufémia que foi assassinada em 1954 em Baleizão durante a ditadura
fascista.
Catarina Eufémia aparece
durante a noite, enquanto a família dorme, para conversar com o fascista de
2028 que aguarda o seu destino.
Com/ Emílio Moitas
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