O Dia Mundial do Ambiente, que se assinala este sábado,
alerta para a necessidade de recuperação de áreas degradadas, quando se
assinala também o lançamento da Década das Nações Unidas do Restauro de
Ecossistemas.
Comemorado todos os anos em 5 de junho, o Dia Mundial do
Meio Ambiente é a principal data das Nações Unidas para sensibilizar e
impulsionar ações para os problemas ambientais urgentes. Desde a sua criação,
em 1974, o evento cresceu e tornou-se uma plataforma global de mais de 100
países.
A data também marca o lançamento oficial da Década das
Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas 2021-2030.
Neste ano, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA) faz uma chamada para reavivar os ecossistemas degradados. O ser humano
está a perder e a destruir as bases de sua sobrevivência a um ritmo alarmante.
Mais de 4,7 milhões de hectares de florestas – uma área maior do que a
Dinamarca – são perdidos todos os anos.
Ao reduzir a área de habitat natural para a vida selvagem,
criamos as condições ideais para os patógenos – incluindo o coronavírus – se
espalharem.
Em Portugal no Dia Mundial do Ambiente, a associação
ambientalista Quercus iniciou um projeto de restauro de ecossistemas em Marco
de Canavezes e este sábado, divulgou os primeiros resultados, que incluem a
plantação de 1.100 árvores.
Em comunicado, a Quercus explica que o projeto de restauro
contempla uma área de grande expansão de eucalipto, que pertence à Escola
Profissional Agrícola de Marco da Canaveses (escola pública), com uma área de
floresta de cerca de 60 hectares, a maior parte deles vítimas de incêndios nos
últimos 20 anos.
De acordo com a Quercus, a Escola não tem interesse na
monocultura de eucaliptal, mas precisa de apoio para recuperar as áreas com
floresta autóctone diversa.
O projeto, que tem o apoio da empresa de equipamento
informático HP, tem por base a plantação diversificada de espécies florestais
nativas, “respeitando o mosaico da paisagem e protegendo as espécies endémicas
ameaçadas, a regeneração natural e a escolha das espécies mais indicadas para
as condições edafoclimáticas (solo e clima) do local”, refere a associação.
Os trabalhos de recuperação começaram em dois hectares com a
plantação de 1.100 árvores e arbustos, entre elas medronheiro, bétula,
carvalho-português ou sobreiro.
A zona intervencionada será “uma sala de aulas e
laboratório” para os alunos da Escola Agrícola e de outras escolas, que irão acompanhar
e cuidar do bosque, diz-se no comunicado.
Uma floresta assim, salienta a Quercus, confere à região
“altos índices de biodiversidade e de produção de serviços de ecossistema, como
a criação de solo e combate à desertificação, regulação dos ciclos da água e do
carbono”, além de maior resistência a pragas e incêndios.
“Estas iniciativas de restauro de ecossistemas são
extremamente importantes para a melhoria do Ambiente, para o combate às
alterações climáticas, para a conservação da natureza e para o desenvolvimento
sustentável (ambiental, económico e social) do nosso território e da
Humanidade”, salienta a Quercus.
Neste dia Mundial do Ambiente ficam algumas imagens de arquivo
registadas em Arronches, com o melhor e pior do Ambiente, deixando o apelo à
sociedade em geral e os educadores e autarquias em particular para que cada um
assuma a responsabilidade de cuidar do Meio Ambiente, desde a parcela que lhe corresponde,
todos podemos e devemos colaborar na sua preservação e sustentabilidade.
Fotos/ Emílio Moitas / CMA / Arquivo
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