sábado, 5 de junho de 2021

Dia Mundial do Ambiente alerta para recuperação de áreas degradadas


O Dia Mundial do Ambiente, que se assinala este sábado, alerta para a necessidade de recuperação de áreas degradadas, quando se assinala também o lançamento da Década das Nações Unidas do Restauro de Ecossistemas.

 

Comemorado todos os anos em 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente é a principal data das Nações Unidas para sensibilizar e impulsionar ações para os problemas ambientais urgentes. Desde a sua criação, em 1974, o evento cresceu e tornou-se uma plataforma global de mais de 100 países.


A data também marca o lançamento oficial da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas 2021-2030.


Neste ano, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) faz uma chamada para reavivar os ecossistemas degradados. O ser humano está a perder e a destruir as bases de sua sobrevivência a um ritmo alarmante. Mais de 4,7 milhões de hectares de florestas – uma área maior do que a Dinamarca – são perdidos todos os anos.


Ao reduzir a área de habitat natural para a vida selvagem, criamos as condições ideais para os patógenos – incluindo o coronavírus – se espalharem.


Em Portugal no Dia Mundial do Ambiente, a associação ambientalista Quercus iniciou um projeto de restauro de ecossistemas em Marco de Canavezes e este sábado, divulgou os primeiros resultados, que incluem a plantação de 1.100 árvores.


Em comunicado, a Quercus explica que o projeto de restauro contempla uma área de grande expansão de eucalipto, que pertence à Escola Profissional Agrícola de Marco da Canaveses (escola pública), com uma área de floresta de cerca de 60 hectares, a maior parte deles vítimas de incêndios nos últimos 20 anos.


De acordo com a Quercus, a Escola não tem interesse na monocultura de eucaliptal, mas precisa de apoio para recuperar as áreas com floresta autóctone diversa.

 

O projeto, que tem o apoio da empresa de equipamento informático HP, tem por base a plantação diversificada de espécies florestais nativas, “respeitando o mosaico da paisagem e protegendo as espécies endémicas ameaçadas, a regeneração natural e a escolha das espécies mais indicadas para as condições edafoclimáticas (solo e clima) do local”, refere a associação.

 

Os trabalhos de recuperação começaram em dois hectares com a plantação de 1.100 árvores e arbustos, entre elas medronheiro, bétula, carvalho-português ou sobreiro.

 

A zona intervencionada será “uma sala de aulas e laboratório” para os alunos da Escola Agrícola e de outras escolas, que irão acompanhar e cuidar do bosque, diz-se no comunicado.

 

Uma floresta assim, salienta a Quercus, confere à região “altos índices de biodiversidade e de produção de serviços de ecossistema, como a criação de solo e combate à desertificação, regulação dos ciclos da água e do carbono”, além de maior resistência a pragas e incêndios.

 

“Estas iniciativas de restauro de ecossistemas são extremamente importantes para a melhoria do Ambiente, para o combate às alterações climáticas, para a conservação da natureza e para o desenvolvimento sustentável (ambiental, económico e social) do nosso território e da Humanidade”, salienta a Quercus.


Neste dia Mundial do Ambiente ficam algumas imagens de arquivo registadas em Arronches, com o melhor e pior do Ambiente, deixando o apelo à sociedade em geral e os educadores e autarquias em particular para que cada um assuma a responsabilidade de cuidar do Meio Ambiente, desde a parcela que lhe corresponde, todos podemos e devemos colaborar na sua preservação e sustentabilidade.

Fotos/ Emílio Moitas / CMA / Arquivo








 

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