terça-feira, 17 de abril de 2018

Sempre Vigilante a Atalaia do Baldio de Arronches ainda aguarda recuperação


Agora que comemoramos o “Dia Internacional dos Monumentos e Sítios”, (18 de abril), instituído pelo ICOMOS Internacional, assinalado por todo o país com inúmeras actividades que visam a valorização do Património Histórico, deixo uma chamada de atenção para a velha atalaia do Baldio de Arronches, situada a Sul de Arronches, que continua a dominar a paisagem envolvente pela sua grandiosidade e memória histórica.

Visível da Estrada Nacional 246, (Arronches/Elvas), esta velha torre de forma quadrangular, que outrora integrou a rede de vigias à fortaleza de Arronches, encontra-se hoje num avançado estado de ruína, tendo nos últimos anos vindo a agravar-se o seu estado de conservação.

Muito visitada por turistas e caminhantes do Circuito das Garças, esta atalaia representa um perigo invisível para todos aqueles que se aventuram no seu interior, devido à possível queda de pedras ou blocos de granito.

Este monumento militar foi em tempos visitado pelos Amigos dos Castelos, que na altura referiram a intenção de sensibilizarem as autoridades para a importância da conservação deste importante testemunho da nossa história militar, mas passados mais de duas dezena de anos, nunca o monumento foi alvo de qualquer intervenção.

Das sete atalaias que no passado facultaram segurança à fortaleza de Arronches, a quando da ameaça de Castela, apenas restam duas resistentes, as atalaias do Baldio e das Carninhas, esta última felizmente recuperada à poucos anos, com o apoio do Programa Iniciativa Comunitária Leder +.

Quanto as restantes cinco, que se situavam na serra dos Louções, Água de Raiz, Outeiro Branco, S. Bartolomeu e Torre das Areias, todas foram ruindo, restando das mesmas insignificantes vestígios.

Espera-se que a atalaia do Baldio de Arronches, não seja condenada à mesma sorte, o seu contributo na defesa de Arronches e localidades vizinhas, assim como a sua importância histórica, mereça a sua recuperação.
Vídeo/Fotos: Emílio Moitas




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