Em comunicado de imprensa a Federação Distrital do Partido
Socialista condena o enceramento do Ramal de Cáceres.
" É hoje desactivado o Ramal de Cáceres, linha
ferroviária que serve essencialmente os Concelhos de Crato, Castelo de Vide e
Marvão e, desta forma, a totalidade do Norte Alentejo.
A Ideia não é nova e, muitas vezes, a tentaram pôr em prática. No entanto, só
agora foi objecto de concretização plena e sugerida como irreversível e
inquestionável.
O desinvestimento que o interior do país tem assistido passa
agora para uma segunda fase, a eliminação de infra-estruturas existentes e com
potencial de gerar riqueza.
Mas será que a equação que já fora tentada poderia não ter
tido o desfecho que hoje se conhece?
Será que o encerramento do Ramal de Cáceres podia ter sido
evitado?
Será que os decisores poderiam ter tido outra – mais
acertada – opção?
Será que os eleitos locais e principais interessados
desenvolveram todos os esforços necessários?
A todas estas questões a resposta que se esperava era,
naturalmente, SIM.
Contudo, aquilo a que assistimos é o produto acabado da pior
equação política possível, para o Distrito de Portalegre.
A um Governo PSD/CDS que tem uma agenda promotora do
abandono do Distrito de Portalegre, somam-se poderes autárquicos incapazes de
influenciar e promover alternativas satisfatórias, como acontece no caso do
Crato, com a CDU, ou em Castelo de Vide e Marvão com o PSD.
Para estes, hoje, apenas resta a última das armas, a
indignação. Mas aos que tinham expressa missão de lutar pelos seus concelhos,
pelas suas gentes e pela sua região isso não basta.
Não basta aparecerem no último dos dias com o semblante
carregado que só serve de justificação às suas próprias incapacidades.
O Partido Socialista, para além de condenar o Governo do
PSD/CDS, por desistir do Distrito de Portalegre, não compreende a ineficácia da
acção dos autarcas dos concelhos mais afectados. "
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