quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Quercus quer que Governo português diga não à central nuclear de Almaraz após 2020

Os governos de Portugal e de Espanha vão reunir esta, quinta­feira dia 12, em Madrid, para analisar a questão da Central Nuclear de Almaraz.

Em causa está a decisão do Governo espanhol, e contestada por Portugal, em construir um armazém de resíduos nucleares na central de Almaraz, localizada a cerca de 100 quilómetros da fronteira portuguesa na zona do Alentejo e Beira Baixa.

A Associação Ambientalista Quercus vai estar presente também esta quinta-feira, a partir das 18h00, em frente ao consulado espanhol em Lisboa, numa manifestação antinuclear, pelo encerramento da central nuclear espanhola de Almaraz.

Segundo A associação ambientalista Quercus é fundamental que o Governo português diga, de forma inequívoca, que não quer a central nuclear de Almaraz a funcionar depois de 2020.

Esta ação de protesto foi convocada pelo Movimento Ibérico Antinuclear (MIA) e a Quercus, que segue mais de perto a temática de Almaraz desde há cerca de 15 anos, vai juntar-se a diversas organizações espanholas e portugueses que lutam pelo encerramento desta central nuclear, que fica situada junto ao rio Tejo, na província de Cáceres, em Espanha, a cerca de 100 quilómetros da fronteira com Portugal.

De referir que a central de Almaraz tem tido incidentes com regularidade e Portugal pode vir a ser afetado, caso ocorra um acidente grave, quer por contaminação das águas, uma vez que a central se situa numa albufeira afluente do rio Tejo, quer por contaminação atmosférica, pela grande proximidade geográfica existente, uma situação muito grave dado Portugal não estar minimamente preparado para lidar com cenário deste tipo, pelo que, a acontecer um acidente grave, isso traria certamente sérios impactes imediatos para toda a zona fronteiriça, em especial para os distritos de Castelo Branco e Portalegre".
Fotos: Emílio Moitas 



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