domingo, 24 de abril de 2016

“Carreguei os cavalos sem identificação e sem guias, mas não os roubei” - Disse à Rádio Campanário Pedro Tinoco um dos arguidos do roubo dos animais em Santa Eulália


Como a Rádio Campanário oportunamente noticiou, foram furtados três cavalos de uma propriedade localizada na freguesia de Santa Eulália (Elvas) na passada terça-feira, dia 19 de abril.

Os animais avaliados em cerca de cinco mil euros cada, foram localizados e resgatados, no dia seguinte numa herdade em Barbacena, pelo Núcleo de Investigação Criminal da Guarda Nacional Republicana de Elvas.

Agora o proprietário da herdade onde se encontravam os cavalos, Pedro Tinoco, vem esclarecer à Rádio Campanário que, apesar de ter transportado os animais sem a respetiva documentação de identificação e sem as guias de transporte, não sabia que eram cavalos furtados.

Pedro Tinoco conta que um amigo havia comprado “dois cavalos no dia anterior a ir lá carregá-los, eu fui lá carregar os cavalos (…) e no caminho o individuo que comprou o (primeiro) cavalo, disse-me que estavam lá mais dois cavalos que ele queria vender (…) na altura a herdade estava à venda e o proprietário da herdade já não queria lá os cavalos dele”.

Questionado sobre onde foi carregar os cavalos, refere que foram carregados “na herdade do verdadeiro dono (…) na Herdade de São Domingos, perto de Santa Eulália”. 

Perguntado para onde se direcionavam os cavalos, afirma que “foi um amigo que os comprou ao dono fantasma, ao dono que nunca existiu (…) os cavalos saíram de lá (da Herdade de São Domingos) em duas vezes, a primeira vez saiu um cavalo e da segunda vez saíram dois cavalos”.

Instado sobre a primeira vez em que foi carregar o primeiro animal, na Herdade de São Domingos, quem é que estava lá para o receber e para carregar os cavalos, expressa que “estava o tal amigo meu, que não vou identificar, só, com o cavalo preparado para o carregar (…) não havia lá mais ninguém (…)”, o cavalo “era do vendedor fantasma, vendedor que não era dono (…) não vou identifica-lo”.

Sobre se tinha sido informado do verdadeiro dono do cavalo e como tinha sido adquirido, Pedro Tinoco diz que no caminho o amigo lhe disse que “havia lá dois cavalos do proprietário que não era dono e se fez passar por dono, e que tem fotografias no facebook dos cavalos, há mais tempo, ele andava na propriedade como se fosse dele (…) uma coisa bem feita”.

Questionado se desconhecia que a herdade não pertencesse ao tal amigo e se não estranhou que não estivesse lá o verdadeiro proprietário, expressa que sabia que não era dele, “mas o proprietário fantasma estava lá, já lá andava, tinha-se ido embora, mas foi lá carrega-lo quando eu o fui buscar para o carregar. Eu carreguei-o com o meu amigo e veio para a minha propriedade”.


Sobre quantas pessoas estavam no local, refere que eram três, “eu, a rapariga que foi comigo e o meu amigo, o proprietário que não era o proprietário, já lá não estava porque quando me disse para carregar o cavalo, foi três horas antes, eu não podia ir porque tive que fazer umas coisas em Elvas (…)”, salientando que nessa altura “o proprietário fantasma já lá não estava”.

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