A ausência de oleiros, a desatualização dos equipamentos e a crise da década de 1950, levaram as olarias e telheiros, em Arronches, a apagar os fornos.
Ainda presentes na memória de muitos arronchenses, estão as
antigas olarias e telheiros dispersos pela vila ou na sua periferia como na
zona do atual bairro do Telheiro.
Nas olarias de Arronches os mestres oleiros produziam
artefactos vasilhas para vários usos, como alguidares, potes, cântaros, potes,
panelas ou louça de decoração que ainda hoje se pode apreciar em cantareiras de
algumas cozinhas antigas preservadas pelos seus proprietários.
Nos telheiros outrora
localizados principalmente no Rossio de Arronches, moldava-se e coziam-se
telhas e ladrilhos utilizados na construção das habitações locais.
Embora em 1933, três anos antes de eclodir a guerra civil
espanhola, (17/07/1936 – 1/04/1939), em Arronches a atividade ceramista e
telheira ainda era marcante e vigorosa e muito importante para a economia
local.
Contudo, foi entre o final da década de 40 e início da
década de 50 que "tudo mudou", a ausência de novos oleiros, a
desatualização dos equipamentos e a crise motivada pelo plástico ou o pirex
espanhol, levaram as olarias de Arronches uma após outra a apagar os fornos.
Da memória das olarias e telheiros arronchenses cujos fornos
se apagaram, fica a partilha da imagem destes pratos vidrados produzidos em
Arronches.
Fotos/ Arquivo / Artefactos cerâmicos de Arronches / E.
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