A Junta de Freguesia de Assumar vai homenagear, este sábado
dia 1 de dezembro, a cantora Maria Vitória, uma ilustre assumarense, falecida
em 07 de Janeiro de 2017, na cidade de Málaga.
A cerimónia conta com a participação de entidades
municipais, familiares e amigos da artista, tem lugar pelas 15h00, com a bênção
e de descerrar da Placa Toponímica seguida da inauguração da Rua Vitória Maria
(antiga rua do Figueiredo).
A homenagem resulta de uma deliberação desta Junta de Freguesia, na reunião do dia oito do mês de janeiro do ano de dois mil e
dezoito, com a proposta de substituição da atual Rua do Figueiredo pelo nome de
MARIA VITÓRIA MEIRA MOURA, honrando a artista com esta homenagem.
Quem foi Maria Vitória:
Maria Vitória Meira Moura, nasceu dia 2 de Dezembro de 1951,
na rua das Parreiras, em Assumar, concelho de Monforte, distrito de Portalegre.
Com dois meses de idade, foi viver para Lisboa, em virtude de seu de seu pai
ter sido colocado nos Caminhos-de-ferro.
O gosto pelo cantar nasceu muito cedo, tinha então 4 anos. O
pai, associado do Ateneu Ferroviário, muitas vezes levava a família para os
serões que se realizavam na sede desta Colectividade. Revelando um excelente
ouvido sempre que a orquestra executava um número, a pequena Vitória
cantarolava em surdina. A sua pouca idade era motivo para lhe acharem gracinha
e levarem até ao palco.
Aos 10 anos de idade, canta pela primeira vez na rádio,
através da onda da Voz de Lisboa, iniciando assim a sua prometedora carreira de
variedades e actuando seguidamente na sua terra natal ao lado dos "Alegres
de Lisboa”. A partir daí, o êxito não se fez esperar, começou a animar as
festas, passou pelo teatro de revista, televisão, gravou vários discos e actuou
em todos os casinos e salas de espectáculos do nosso país, ao lado de grandes
nomes do panorama artístico português.
Actuou fora de Portugal, participou em vários festivais e
fez digressão pelo Brasil, desenvolvendo assim a sua carreira artística porém
nunca esqueceu as raízes e voltava sempre que podia ao seu Assumar, do qual
tinha tanto orgulho.
Voltar ao lugar que a viu nascer era sempre motivo de
felicidade, actuando nele ao longo dos anos em várias ocasiões.
Já em 1971, com apenas 19 anos fez parte do programa das
grandiosas festas da vila do Assumar, onde se descrevia como “A vedetinha que
honra a nossa terra, a artista portuguesa que mais jovem se internacionalizou”.
No Assumar, onde nasceu, cumpriu um dos seus sonhos a sua
primeira casa na Travessa do Figueiredo.
Faleceu em Málaga a 7 de janeiro de 2017, cidade espanhola
onde residia.
Com/ Emílio Moitas
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