terça-feira, 19 de março de 2019

Cultura - Portalegre lembra Régio no Dia Mundial da Poesia


A Conferência "Evocar José Régio", da autoria Maria João Falcão e Manuel Poppe,  irá decorrer na Casa Museu José Régio, no dia 21 de março, às 17h00, celebrando o Dia Mundial da Poesia.  

Esta conferência será seguida por uma sessão de poesia, "José Régio e outros poetas".

O ano de 2019 será marcado pela evocação do 50º Aniversário da morte de José Régio, com um vasto conjunto de iniciativas, que se prolongarão até ao ano seguinte.

O programa da evocação terá parcerias entre a Câmara Municipal de Portalegre e a Casa Museu José Régio, com Vila do Conde (cidade geminada com Portalegre) e as Direções Regionais de Cultura do Norte, Centro e Alentejo, através de uma agenda temática e ainda a realização de exposições e de um ciclo de cinema. Amigos, alunos, cidadãos, críticos e académicos participarão nas diferentes iniciativas, demonstrando o homem na sua totalidade, humana e artística.

Quem foi José Régio:  (Vila do Conde, 1901-1969):

Pseudónimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nascido a 17 de setembro na cidade nortenha de Vila do Conde. Estudou no Porto e em Coimbra, onde participou em tertúlias literárias e na publicação de revistas inovadoras, caso da “Presença”, entre outras.

Em 1929, veio para Portalegre, para lecionar Francês e Português, no Liceu. Aqui ficou durante trinta e três anos, até à aposentação, regressando à sua terra natal, onde faleceria a 22 de dezembro de 1969. A longa permanência em Portalegre possibilitou a sua dedicação à escrita, bem como a outra atividade que considerava uma paixão, o colecionismo.

Os quartos da Casa da Boavista, que começou sendo um anexo da Pensão 21, foram ano após ano ficando repletos de peças. Arte Sacra, arte popular de toda a região alentejana: têxteis, barros, ferro forjado, arte pastoril, tudo constitui um vasto espólio, quer em Portalegre, quer em Vila do Conde, ambas Casas-Museu abertas aos visitantes.

Embora mais conhecido pela sua escrita, em poemas inolvidáveis como “Cântico Negro” e a “Toada de Portalegre”, o papel cultural de José Régio revela-se também no interesse pelo património local e nacional, que soube preservar e recuperar, primeiro em privado e depois partilhando-o ao público.



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