Os fatos resumem-se ao seguinte
na manhã da passada terça-feira dia 05 de dezembro, de 2017, como habitualmente
e sempre que exista alguma ocorrência seja cultural ou outra, como foi o caso
motivou a intervenção dos Bombeiros Voluntários de Arronches, desloco-me ao
local para fazer a cobertura para este espaço de informação e jornais onde colaboro,
embora não seja a primeira vez que sou tratado de forma rude pela GNR, hoje sem
que nada o fizesse prever fui abordado de forma agressiva por um militar do
destacamento de Trânsito de Portalegre, que sem cumprimentar ou se identificar,
se dirigiu ao local onde me encontrava para literalmente me expulsar com
sucessivas ameaças, isto quando me encontrava fora da faixa de rodagem, e do
lado contrario ao acidente e afastado vários metros, sem interferir no trabalho
dos profissionais que ali desempenhavam operações de socorro.
O mesmo militar para além de diversas ameaças:
estás proibido de publicar qualquer imagem nos jornais ou até posso apreender a
máquina e já te vou-te mandar identificar, ameaça esta última que fez cumprir
por dois militares do Posto Territorial da GNR de Campo Maior que se
encontravam no local, e que diga-se foram tão eficazes na pressão e tortura
psicológica que exerceram, que conseguiram que não conseguisse encontrar em 5
minutos a documentação pessoal e da viatura, que afinal se encontrava dentro do
carro estacionado numa gare da E. 371, a cerca de 500 metros do local da
ocorrência.
Como em 5 minutos não consegui
encontrar os documentos, foi coagido a assinar um documento, mas com os
documentos a aparecerem e a seguir e a serem apresentados ao responsável do
Destacamento de Trânsito da GNR Portalegre, que presumo comandava as operações
no terreno, mas a recusar-se determinantemente a ver os documentos, alegando
que os guardas já tinham ido embora e como “já estava...já estava”, referindo
ainda que se recusava mais a falar mais comigo.
Face a esta atitude e á recusa no
local em me serem fiscalizados os documentos, dirigi-me momentos depois ao
posto da GNR em Arronches, onde apresentei os documentos e me informaram dos
procedimentos.
Uma situação no mínimo insólita e
que julgo não ser prática recorrente na GNR, mas o que mais doeu, nem foi fato
de alegarem que andava sem documentos e se terem recusado a fiscalizar os
documentos, foi ver nesse mesmo local como esse militar se ignorou e permitiu a
outras pessoas fazer tudo o que antes tinha proibido, tal como andar na faixa
de rodagem sem colete e fazer fotos do acidente, olhando para mim numa
demonstração de poder absoluto.
Outra situação que me deixou
também menos agradado foi ter recebido um telefonema de um profissional que no
local tinha prestado auxílio, perguntando o que se tinha passado, por ter
escutado comentários da GNR no local, como: quem é o tipo, e ao lhe ter sido
dito que era um fotógrafo de Arronches, referiu vou já chatear o “gajo”.
Que fique claro que não questiono
as ordens nem a formas de atuação das autoridades sejam elas quais forem, mas
de uma coisa tenho a certeza hoje foi tratado de forma discriminatória,
humilhado por militares que vestem a farda da GNR, uma GNR que aprendi a
respeitar desde os meus tempos de menino, quando ainda no tempo da ditadura e
no desempenho da sua missão quer a pé ou montados em cavalos, fizesse chuva ou sol,
passavam no monte onde vivia, que ficava a kms do Posto de
Arronches, e me pediam para lhe fazer uma assinatura numa caderneta de forma a
fazerem prova no posto que tinham passado pelo monte, num monte onde eram quase
todos analfabetos incluído eu com os meus 7 ou 8 anos, mas digamos eram outros
tempos com menos recursos mas com outro tipo de formação.
Com o atrás exposto não procuro
fazer o papel de vítima, assim como de solicitar favores ou excepções ou
denegrir uma instituição que merece respeito, mas que tem obrigação também de
respeitar, mas hoje percebi que neste país em algumas instituições nem tudo são
rosas, assim como nem todos somos tratados de igual modo, mas apenas partilhar
o meu sentimento que não lhe chamarei revolta mas sim impotência com outras vítimas
sujeitas a igual procedimento, que certamente existem no distrito de Portalegre
e um pouco por todo um país chamado Portugal.
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