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segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Alentejo - Açudes e moinhos de água "memórias que se apagam" na ribeira de Arronches

 


Os antigos açudes de ribeira de Alegrete no concelho de Arronches, que até ao início dos anos 1970, do século passado, tinham uma função secular de represar e levar a água através de levadas até aos moinhos, assim como regar as muitas hortas e pomares existentes nas margens da ribeira, estão hoje abandonados, assoreados e em ruínas


A falta de manutenção destes pontos de água para o armazenamento e posterior utilização está a apagar a memória da indústria "moageira" com o aproveitamento dos recursos naturais da região, com os moinhos constituírem no passado verdadeiros focos de desenvolvimento económico e de fixação de populações ao longo da ribeira de Alegrete e Arronches.


De forma a preservar estes testemunhos verdadeiros tesouros da arqueologia industrial no concelho de Arronches, sabemos que a Câmara Municipal de Arronches, tem intenção de intervencionar o Açude d'el-Rei, que se encontra bastante danificado pela falta de manutenção agravada pelas últimas cheias.


Localizado junto á vila de Arronches, no local onde ainda são visíveis as ruínas das choças onde viveram dois celebres mendigos, a "Ti Filipa e o tio Cochicho",  dois idosos desprotegidos que sobreviviam da mendicidade, pedindo esmola com a imagem de um santo, pelos montes da região. 


Depois de recuperados e desassoreadas as levadas, os açudes terão capacidade de voltar a cumprir as suas funções de armazenamento de água e servir na rega de pequenas hortas e pomares que desde tempos remotos utilizaram a água da ribeira, como se pode constar  pelo antigo Código de Posturas Municipais da Câmara Municipal de Arronches.


Os açudes e moinhos de água surgiram na Península Ibérica durante a época romana, mas foi na Idade Média que se tornaram mais comuns. Estes moinhos utilizavam a força da água para mover grandes rodas de pedra, que por sua vez moíam os grãos de cereais. Esta tecnologia permitiu aumentar a produção de farinha, um dos principais alimentos da dieta portuguesa.


Os moinhos de água não eram apenas estruturas funcionais, mas também centros sociais e económicos. Eram lugares onde as pessoas se reuniam, trocavam notícias ou faziam negócios.


Durante a Idade Média, os açudes e moinhos de água eram frequentemente construídos junto a rios e ribeiros, aproveitando o fluxo constante da água. Muitos destes moinhos estavam associados a mosteiros (Moinho os Cónegos Arronches) e propriedades senhoriais, sendo uma fonte importante de rendimento. A localização estratégica dos moinhos também facilitava o transporte dos cereais e da farinha, promovendo o comércio local.


A preservação dos açudes e moinhos de água é importante não só pela sua relevância histórica, mas também pelo seu valor educativo.


Ao visitar um moinho de água, é possível compreender melhor a relação entre o homem e a natureza e apreciar a engenhosidade das soluções encontradas no passado para aproveitar os recursos naturais.


Fotos / Açude / Junto ao antigo moinho da Era / Mosteiros / 20-10-2024.








sábado, 2 de setembro de 2023

Alentejo - Milagre a água já corre na ribeira de Arronches em Mosteiros


A previsão do tempo do IPMA para hoje referiria a ocorrência de aguaceiros, por vezes fortes no interior durante a tarde, que poderiam ser ocasionalmente de granizo acompanhados de trovoada e rajadas fortes, além da descida da temperatura máxima, e foi mesmo o que aconteceu no distrito de Portalegre.


A forte trovoada que generosamente descarregou água um pouco por toda a região da Serra de S. Mamede, em menos de 1 hora, fez correr ribeiras que até hoje estavam completamente secas, ou que abusivamente e perante a passividade das autoridades tinham sido desviadas do seu curso natural, para encher barragens, causando a morte de fauna e flora autóctones.


Cerca das 19h30, desta tarde de sábado, dia 2 de setembro, assistimos e registamos a chegada água á zona de Lazer de Mosteiros para satisfação dos residentes que incrédulos nem acreditavam no que estava a acontecer " A água voltou a correr na ribeira", vinda da Serra de S. Mamede.

Vídeo ver no no Facebook /Fotos/ Emílio Moitas






 

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Mosteiros – Falha no equipamento de retenção de água voltou a deixar “Zona de Lazer” meio vazia

A Zona de Lazer e Recreio Fluvial de Mosteiros, um local aprazível sobretudo durante o verão, na ribeira de Arronches, junto ao núcleo urbano da freguesia, apresenta por estes dias um cenário desolador motivado por uma falha no sistema de retenção de água, no açude principal, com acentuada perda de volume e qualidade da água. 

  

Uma situação anómala que desagrada a todos, mas que certamente vai ser alvo de futura intervenção, dado a “Zona Fluvial” de Mosteiros ser muito procurada pela população e visitantes do Parque Natural da Serra de S. Mamede.


De referir que a Área de Recreio e Lazer de Mosteiros, fica localizada à entrada da freguesia, junto à estrada M517, com ligação a Arronches e Portalegre pela serra.


Um equipamento que foi inaugurado em 20 de maio de 2002, pelo então ministro, Isaltino Morais, e que nos últimos anos sofreu um violento incêndio, tendo sido recuperado pela Câmara Municipal de Arronches, que dotou o espaço com novos melhoramentos.

Fotos/ Emílio Moitas









 

domingo, 28 de fevereiro de 2021

Arronches – Cheia deixou árvores de grande porte presas na Ponte do Tinte

As marcas do mau tempo deste inverno que atingiu Portugal, e em particular o distrito de Portalegre, recentemente ainda são visíveis na ribeira de Arronches, com a queda de árvores de grande porte que foram arrastadas pela última cheia a ficar presas em pontes, como se pode observar na zona da Porta do Rio, na Ponte do Tinte em Arronches.


A ponte do Tinte, na ribeira de Arronches, foi construída em 1998, numa iniciativa da Junta de Freguesia de Assunção, que melhorou os acessos a Santa Luzia, Quinta dos Lagartos e outras quintas e propriedades agrícolas.  

Fotos/ E. Moitas / 27/02/2021






 

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Arronches - Aprovada a construção da 2ª Fase da Zona Ribeirinha entre as pontes do Crato e Santa Maria


Arronches vai passar a dispor de mais uma via pedonal entre a Ponte do Crato e Santa Maria, na margem da Ribeira de Arronches, com a construção do novo passadiço que para além de facilitar os denominados "passeios higiénicos", junto ao núcleo urbano.


Com vistas magnificas sobre as muralhas da fortaleza e convento de Nossa Senhora da Luz, poderá ainda contribuir para a valorização ambiental e histórica de toda a zona envolvente, como por exemplo o Moinho do Serrainho e Fonte Santa, hoje abandonados e ignorados da maioria dos arronchenses.


A informação foi avançada pelo município, após a reunião de Câmara da segunda-feira, dia 12 de outro, referindo que a aprovação da empreitada de Arranjos Exteriores da Zona Ribeirinha II, que desta feita irá ser levada a efeito entre a Ponte de Santa Maria e a Ponte do Crato.


No referido procedimento, o melhor classificado foi o grupo ‘Carmo – Estruturas em Madeira, S.A.’, ficando assim adjudicada a empreitada com a concordância do executivo. Esta obra irá implicar um investimento de 262.516,80€ por parte do Município, montante ao qual acresce o Imposto sobre Valor Acrescentado.


Tendo o prazo de execução previsto para de 12 meses.

Como curiosidade deixamos a transcrição de parte de um documento alusivo à zona onde se insere este novo passadiço pedestre:


Licença da Câmara para chegarmos com a tapada até ao penedo junto ao Moinho do Serrainho


Datas Descritivas - Séc. XVII

Localidade - Arronches


Âmbito e conteúdo:

Petição do Convento de Nossa Senhora da Luz à Câmara de Arronches, para lhe ser dada uma terra que chega até um penedo alto, defronte do moinho do Serrainho, para plantarem uma vinha. Inclui despacho favorável da câmara.


Nota/ a Fundação do Convento de Nossa Senhora da Luz data de 1539-09-29.

Emílio Moitas/Fotos e pesquisa

 




 

domingo, 29 de outubro de 2017

Campo Maior – Fogo na ribeira das Choças junto á N 371 na saída para Badajoz


Os Bombeiros Voluntários de Campo Maior, foram esta tarde de domingo dia 29 de outubro, chamados a apagar um fogo, surgido cerca das 15h00, na zona do monte das Choças, junto á estrada N 371, na saída para Badajoz pela fronteira do Retiro.

O fogo de origem desconhecida queimou vegetação nas margens da ribeira e restolho, para além da corporação de Campo Maior, combateram também as chamas os bombeiros voluntários de Elvas, que evitaram que as mesmas atingissem uma zona de olival. 

A GNR esteve no local e registou a ocorrência.
Ver vídeo no facebook/moitas.sul
Fotos e vídeo: Emílio Moitas / Global News



segunda-feira, 2 de março de 2015

Mosteiros - Carro despista-se em ponte e cai em ribeira


Uma viatura ligeira despistou-se por causas desconhecidas durante a noite do passado fim de semana  na estrada  municipal entre Mosteiros e EN, 246, acesso a Portalegre  e caiu na ribeira de Arronches  junto à fabrica do Carvão.

 Apesar do aparato com a queda da viatura para o leito da ribeira, apenas se verificaram danos na ponte e viatura, já o condutor que nada sofreu acabaria por sair do local do acidente pelos seus próprios meios, sem necessidade recorrer a meios de socorro.



quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Arronches – A ribeira vai grossa

As chuvadas persistentes registadas neste início de Ano Novo na região de Portalegre, fizeram aumentar o caudal das ribeiras de Arronches e Caia à sua passagem pela vila de Arronches, que registaram a primeira cheia de 2014.

Uma riqueza vinda dos céus para os campos de Arronches e barragem do Caia, que hoje viu subir o volume de água armazenado, com os seus muitos afluentes a proporcionarem paisagens de grande beleza nesta época de Inverno.

Com a previsão de chuva e temperaturas suaves a manterem-se na região até ao próximo sábado, dia 4 de janeiro.