sábado, 19 de fevereiro de 2022

Alentejo – Obras de restauro na Catedral de Portalegre devolvem dignidade ao monumento


A Sé de Portalegre classificado como MN - Monumento Nacional, pelo Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910, está em obras de restauro que abarcam o edifício e também o património móvel deste edifício secular que, recentemente abriu as portas à população para ver como estão a decorrer os trabalhos.

 

A reabilitação atual abarca o edificado (catedral, claustros e anexo) e também “o seu notável recheio maneirista (retábulos dos altares), esculturas ou imagens, pinturas ou quadros isolados, azulejaria e paramenteiros”, realça uma nota de imprensa da Agência ECCLESIA.

 

Construída a partir dos meados do século XVI (1556), ao longo de 70 anos, a Sé de Portalegre sofreu obras de vulto no século XVIII (1726-1795) e, volvidos 225 anos (2020-2022), volta a ter obras.

 

Um edifício singular, “mesmo único”, particularmente pelo seu recheio (móvel e integrado), esta obra “tão rica como complexa”, exige “estudo e cuidados especializados”, em vista da sua reabilitação.

 

Quanto ao edificado foi executada uma “nova estrutura da cobertura da nave central e as restantes coberturas foram alvo de intervenção de revisão e manutenção”.

 

“Todos os rebocos e trabalhos em argamassas são restaurados”, acrescenta a nota da Agência ECCLESIA.

 

Relativamente ao móvel e integrado é ferido  “o restauro dos retábulos maneiristas de oito altares”: capela-mor, do Santíssimo, de São Pedro, das Chagas e de São Mauro (já intervencionados); do Santo Nome de Jesus, da Senhora da Luz, Senhora do Carmo, São Crispim e São Crispiniano (em curso).

 

Já foi intervencionado o altar de Santo António (talha) e em breve será o de São Jorge (talha).

 

Em atelier, estão a ser tratadas 90 esculturas ou imagens, bem como pinturas isoladas e outras peças de valor.

 

Outro campo relevante diz respeito ao “tratamento ou restauro da azulejaria”.

 

Estas obras de reabilitação são comparticipadas pelo FEDER a 85%, sendo a contrapartida nacional assegurada pela Diocese de Portalegre-Castelo Branco (15%).

 

Há atrasos, devido a achados arqueológicos e outras situações encontradas em obra, cuja intervenção acabou por ser maior do que o previsto, nomeadamente a cobertura da Sé.

Fotos/ Emílio Moitas 


 

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