A Sé de Portalegre classificado como MN - Monumento Nacional, pelo Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910, está em obras de restauro que abarcam o edifício e também o património móvel deste edifício secular que, recentemente abriu as portas à população para ver como estão a decorrer os trabalhos.
A reabilitação atual abarca o edificado (catedral, claustros
e anexo) e também “o seu notável recheio maneirista (retábulos dos altares),
esculturas ou imagens, pinturas ou quadros isolados, azulejaria e
paramenteiros”, realça uma nota de imprensa da Agência ECCLESIA.
Construída a partir dos meados do século XVI (1556), ao
longo de 70 anos, a Sé de Portalegre sofreu obras de vulto no século XVIII
(1726-1795) e, volvidos 225 anos (2020-2022), volta a ter obras.
Um edifício singular, “mesmo único”, particularmente pelo
seu recheio (móvel e integrado), esta obra “tão rica como complexa”, exige
“estudo e cuidados especializados”, em vista da sua reabilitação.
Quanto ao edificado foi executada uma “nova estrutura da
cobertura da nave central e as restantes coberturas foram alvo de intervenção
de revisão e manutenção”.
“Todos os rebocos e trabalhos em argamassas são
restaurados”, acrescenta a nota da Agência ECCLESIA.
Relativamente ao móvel e integrado é ferido “o restauro dos retábulos maneiristas de oito
altares”: capela-mor, do Santíssimo, de São Pedro, das Chagas e de São Mauro
(já intervencionados); do Santo Nome de Jesus, da Senhora da Luz, Senhora do
Carmo, São Crispim e São Crispiniano (em curso).
Já foi intervencionado o altar de Santo António (talha) e em
breve será o de São Jorge (talha).
Em atelier, estão a ser tratadas 90 esculturas ou imagens,
bem como pinturas isoladas e outras peças de valor.
Outro campo relevante diz respeito ao “tratamento ou
restauro da azulejaria”.
Estas obras de reabilitação são comparticipadas pelo FEDER a
85%, sendo a contrapartida nacional assegurada pela Diocese de
Portalegre-Castelo Branco (15%).
Há atrasos, devido a achados arqueológicos e outras
situações encontradas em obra, cuja intervenção acabou por ser maior do que o
previsto, nomeadamente a cobertura da Sé.
Fotos/ Emílio Moitas
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