A partir desta segunda-feira dia 15 de março, vai retomada a celebração de missas católicas com a presença da assembleia desde que observadas as detalhadas orientações da Conferência Episcopal Portuguesa de 8 de maio de 2020, e em consonância com as normas de segurança sanitária em vigor ou que venham a ser emanadas das autoridades de saúde.
Segundo o comunicado da Comissão Permanente da Conferência
Episcopal Portuguesa, o mesmo é válido para a celebração doutros sacramentos,
que chama a atenção para que “nesta fase evitar-se-ão procissões e outras
expressões da piedade popular, como as “visitas pascais” e a “saída simbólica”
de cruzes, de modo a evitar riscos para a saúde pública”.
A Assembleia Plenária da CEP que terá lugar entre 12 e 15 de
abril reavaliará estas orientações, tendo em conta a situação de pandemia no
país.
Celebrações da Semana Santa comprometidas:
As celebrações da Semana Santa vão ser reduzidas a um mínimo
religioso e sem procissões, a CEP recorda por isso as orientações para as
celebrações da Semana Santa divulgadas na Nota da Congregação para o Culto
Divino e a Disciplina dos Sacramentos emitida em 17 de fevereiro passado.
No Domingo de Ramos, a comemoração da entrada de Jesus em
Jerusalém deve ser celebrada “de forma simples” ou evitando os ajuntamentos dos
fiéis; os ministros e os fiéis tenham nas mãos o ramo de oliveira ou a palma
que trazem consigo e de nenhum modo pode ser permitida a entrega ou a troca de
ramos”.
Na missa vespertina da “Ceia do Senhor” de Quinta-feira Santa,
será omitido o lava-pés. E “no final da celebração, o Santíssimo Sacramento
poderá ser levado, como se prevê no rito, para o lugar da reposição numa capela
da igreja onde se possa fazer a adoração, no respeito das normas para o tempo
da pandemia”.
Na Sexta-feira Santa, o “ato de adoração da Cruz mediante o
beijo seja limitado só ao presidente da celebração” e a celebração religiosa da
Vigília pascal “poderá ser celebrada em todas as suas partes como previsto pelo
rito”.
Arronches sem acampamentos de Páscoa e Castelo de Vide e La
Codosera sem chocalhadas:
Uma Semana Santa atípica sem os tradicionais processões e outras tradições como as “chocalhadas”, que acontecem em algumas localidades como Castelo de Vide ou La Codosera, que depois da missa seguia pelas ruas da Vila, e que acatando as normas de segurança sanitária determinadas pelas autoridades de saúde não se deverão realizar, restando a consolação de “chocalhadas à janela”.
Em Arronches os tradicionais acampamentos de Páscoa, no
Baldio e que tinham o seu momento alto com a partilha do almoço de “borrego” de
segunda feira de Páscoa, no campo, e que juntava numerosas famílias e amigos
num dia de convívio, também não se poderão realizar de forma a cumprir as
normas de segurança sanitária em vigor.
Fotos/ Emílio Moitas / arquivo
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