A cançonetista Maria José Valério morreu, na passada
terça-feira, dia 2 de março, aos 87 anos, vítima de Covid-19.
Maria José Valério, que estava internada no Hospital Santa
Maria depois de um surto de Covid-19 na Casa do Artista, foi a intérprete de
"Menina dos Telefones" (1961), deu a voz à «Marcha do Sporting” e
protagonizou “Olha o Polícia Sinaleiro” e “As Carvoeiras”.
Maria José Valério, passou por Arronches, em 2010 com grande
sucesso, onde participou na noite de festa em Honra de Nossa Senhora D’
Assunção, Padroeira da vila de Arronches, que aconteceram a 15 de agosto na
escadaria da Igreja Matriz, na praça da República.
O Sporting reagiu à morte da artista enviando uma nota de
condolência.
«O Sporting Clube de Portugal manifesta o seu pesar pela
morte de Maria José Valério Dourado, que faleceu, nesta quarta-feira, aos 87
anos.
Voz inconfundível e imagem singular, Maria José Valério,
como era artisticamente conhecida, interpretou várias canções e deu voz à
Marcha do Sporting.
A artista,
Sportinguista de coração, marcava presença em Alvalade sempre que podia e
participava em várias das festas Leoninas espalhadas pelo País.
Aos familiares e amigos, o Sporting CP manifesta o seu mais profundo pesar, não deixando de enaltecer e agradecer os anos de amor e dedicação ímpar de Maria José Valério ao Clube.»
Sobrinha do compositor Frederico Valério (1913-1982), logo
na década de 1950 participou em vários espetáculos de variedades da então
Emissora Nacional, e nas emissões experimentais da RTP, na Feira Popular, em
Lisboa, depois de ter frequentado o Centro de Preparação de Artistas da Rádio
da Emissora Nacional.
Já em 2000, participou na série televisiva "Casa da
Saudade", de autoria de Filipe la Féria, tendo contracenado com Carmen
Dolores, Anita Guerreiro, Virgílio Teixeira, Raul Solnado, João d'Ávila, Helena
Rocha e Artur Agostinho, entre outros.
Dez anos antes, participou na série televisiva "Um
Solar Alfacinha" ao lado de Deolinda Rodrigues, Pedro Pinheiro, Carlos
Cabral, Natalina José e Natália de Sousa, entre outros.
No cinema, participou no filme "O Homem do Dia"
(1958), de Henrique Campos e Teresita Miranda, protagonizado pelo ciclista
Alves Barbosa (1931-2018).
Segundo a "Enciclopédia da Música em Portugal no Século
XX", a sua "interpretação vocal privilegia a emancipação do texto com
uma voz aberta, do peito, potente, com um timbre rouco", e destaca "a
sua gestualidade como forma de potenciar a dimensão emotiva do texto".
Na década de 1960, foi eleita rainha da Rádio de Goa,
território então sob administração portuguesa.
Foto/ Emílio Moitas
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