A Conferência "Evocar José Régio", da autoria
Maria João Falcão e Manuel Poppe, irá decorrer
na Casa Museu José Régio, no dia 21 de março, às 17h00, celebrando o Dia
Mundial da Poesia.
Esta conferência
será seguida por uma sessão de poesia, "José Régio e outros poetas".
O ano de 2019 será marcado pela evocação do 50º Aniversário
da morte de José Régio, com um vasto conjunto de iniciativas, que se
prolongarão até ao ano seguinte.
O programa da evocação terá parcerias entre a Câmara
Municipal de Portalegre e a Casa Museu José Régio, com Vila do Conde (cidade
geminada com Portalegre) e as Direções Regionais de Cultura do Norte, Centro e
Alentejo, através de uma agenda temática e ainda a realização de exposições e
de um ciclo de cinema. Amigos, alunos, cidadãos, críticos e académicos
participarão nas diferentes iniciativas, demonstrando o homem na sua
totalidade, humana e artística.
Quem foi José Régio:
(Vila do Conde, 1901-1969):
Pseudónimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nascido
a 17 de setembro na cidade nortenha de Vila do Conde. Estudou no Porto e em
Coimbra, onde participou em tertúlias literárias e na publicação de revistas
inovadoras, caso da “Presença”, entre outras.
Em 1929, veio para Portalegre, para lecionar Francês e
Português, no Liceu. Aqui ficou durante trinta e três anos, até à aposentação,
regressando à sua terra natal, onde faleceria a 22 de dezembro de 1969. A longa
permanência em Portalegre possibilitou a sua dedicação à escrita, bem como a
outra atividade que considerava uma paixão, o colecionismo.
Os quartos da Casa da Boavista, que começou sendo um anexo
da Pensão 21, foram ano após ano ficando repletos de peças. Arte Sacra, arte
popular de toda a região alentejana: têxteis, barros, ferro forjado, arte
pastoril, tudo constitui um vasto espólio, quer em Portalegre, quer em Vila do
Conde, ambas Casas-Museu abertas aos visitantes.
Embora mais conhecido pela sua escrita, em poemas
inolvidáveis como “Cântico Negro” e a “Toada de Portalegre”, o papel cultural
de José Régio revela-se também no interesse pelo património local e nacional,
que soube preservar e recuperar, primeiro em privado e depois partilhando-o ao
público.
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