Os trabalhos de instalação de uma nova antena de telecomunicações no topo da torre da Igreja Matriz de Arronches, durante a passada quinta feira dia 26 de outubro, não passaram desapercebidos a residentes e visitantes, que questionavam a intervenção em curso na torre com as mais diversas opiniões.
Se para alguns a torre poderá até ganhar mais em altura, para outros o impacto futuro poderá ser negativo na conservação e proteção do monumento transformado em torre de comunicações, embora essas empresas possam constituir uma importante fonte de financiamento para a conservação do edifício.
Atualmente ninguém questiona que ter o mundo ao alcance das mãos através do smatrphone é motivo para comemorar. Mas a expansão da telefonia móvel tem um efeito colateral desagradável, a começar na poluição visual em vilas e cidades causada pela proliferação de antenas e outros equipamentos instalados em telhados ou torres de monumentos por operadoras de telecomunicações que nem sempre optam por soluções que minimizem o impacto visual provocado por esses equipamentos.
A Igreja Paroquial de Arronches de Nossa Senhora da Assunção, data do século XVI e foi classificada como Monumento Nacional em 1922.
É um templo traça manuelina, com portal principal renascentista, de arco redondo, decorado com oito querubins esculpidos e dois bustos guerreiros em alto relevo.
A fachada principal, suportada por duas pilastras de cantaria, foi reedificada no século XVII. O interior é de três naves, abobadadas com nervuras, destacando-se o altar-mor, de mármore, ladeado por doze cadeirais de madeira.
A primitiva igreja data de 1236, tendo sido concluída a construção em 1242. No início do século XVI foi edificada a igreja atual.
Fotos/ Emílio Moitas
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