Não se julgue que a febre do lenhador tomou conta das
árvores do Jardim do Tarro em Portalegre, com a intervenção efetuada esta
quinta-feira dia 11 de janeiro, e que visou o abate de uma árvore de grandes
dimensões, da família dos choupos e que ameaçava cair para a via pública na
zona do Tribunal.
Esta intervenção foi procedida pelos serviços da autarquia de
análise fitossanitária, atestando a sua patologia e justificando do seu abate,
de forma a evitar a sua eventual queda sobre pessoas e bens.
De referir que os jardins de Portalegre Tarro e Corredoura
perderam muito do seu encanto e romantismo com as ainda hoje contestadas obras
do programa Polis, obras essas que viraram os jardins do avesso e foram inauguradas
pelo então primeiro-ministro, José Sócrates, que se deslocou a Portalegre, em 28
de julho de 2006, para inaugurar um conjunto de infra-estruturas e apadrinhar
obras resultantes de intervenções que aconteceram um pouco por toda a cidade,
no âmbito do programa Polis, iniciativa que lançou quando era ministro do
Ambiente.
As obras do Polis, que representam um investimento global de
17,5 milhões de euros, chegam com nove meses de atraso e com um acréscimo de
custos de 30 por cento face ao previsto inicialmente (mais 5,25 milhões de
euros).
A presença de árvores no meio urbano nem sempre é pacífica
ou do agrado de moradores, a pretexto de incómodos (como a queda da folha,
fruto, pássaros ou sombra) sentidos com a proximidade do arvoredo, levando a
que se encare frequentemente como um objeto descartável, desagradável, e sem
utilidade, como se tem verificado em alguns arruamentos da cidade de
Portalegre.
A presença de árvores no meio urbano é cada vez mais
assumida como um fator determinante à garantia da saúde da Cidade,
ultrapassando já, claramente, o clássico conceito de simples elemento estético.
Fotos: Emílio Moitas/Global News
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