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quarta-feira, 23 de março de 2011

Campo Maior e Badajoz assinalam os 200 anos da Guerra Peninsular

No âmbito das comemorações dos 200 anos da Guerra Peninsular, Campo Maior acolhe no próximo sábado, 26 de Março, uma cerimónia evocativa da Resistência no Cerco àquela vila.

A cerimónia é promovida pelo Município de Campo Maior e pelo Estado-Maior do Exército e vai ser presidida pelo presidente da autarquia campomaiorense, Ricardo Pinheiro, e pelo Vice-Chefe do Estado-Maior do Exército, tenente-general Mário de Oliveira Cardoso.

O programa abre às dez e meia da manhã com o hastear das bandeiras no edifício dos Paços do Concelho; a que se segue, pelas onze e um quarto, o hastear das bandeiras de Portugal, Reino Unido, França e Espanha, no Castelo de Campo Maior. É também no Castelo que se realizam, a partir das 11h45, um conjunto de actos que inclui honras militares, descerramento de placa evocativa e evocação histórica da Resistência no Cerco de Campo Maior.

Na parte da tarde, às 14.30 horas, começa no Centro Cultural o colóquio "Campo Maior e as Invasões Francesas"; e às 16h45 é inaugurada naquele mesmo local a exposição "Além Tejo Fronteira", da Direcção-Geral de Infra-Estruturas do Exército.


Badajoz - Conferencia Bicentenario Guerra de la Independencia

“Los Asedios de Badajoz en 1811, Vistos desde Elvas”

Luis Alfonso Limpo Píriz - Presenta Moisés Cayetano

Jueves 24 de marzo Plaza de San José Antiguas Casas Consistoriales a las 20’30 horas

Sinopse

Durante el primer semestre de 1811 un influyente y bien relacionado abogado de Elvas, Francisco Xavier do Rego Aranha, nacido en Arronches, le va contando tres veces por semana en sucesivas cartas a su amiga Dª Mª Luisa de Valleré, residente en Lisboa, todo cuanto ocurre en Badajoz y alrededores.

¿Quién es el autor de ese epistolario? ¿Quién la destinataria? ¿Merece credibilidad lo que dice de sus vecinos españoles un portugués rayano e irredentista ? ¿Qué es lo que ve, oye y cuenta ese espectador de la guerra desde su privilegiado palco?

Estas son algunas de las preguntas a las que responde la conferencia de Luis Alfonso Limpo Píriz. En ella se pretende dar a conocer una importante fuente documental sobre los sitios de Badajoz y la batalla de La Albuera, doscientos años inédita en la Biblioteca Nacional de Lisboa. Cuando se cumple el bicentenario de aquellos tristes acontecimientos, las cartas de Rego Aranha, dice su descubridor y editor, “son como un ojo pegado en la cerradura de la puerta del túnel del Tiempo.”

Conferencia organizada por la Iniciativa Ciudadana “Baluarte”

Fontes: Municipio de Campo Maior – Rádio Elvas – Baluarte Badajoz

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Alentejo - Badajoz e Elvas em 1811 – Crónicas de Guerra nas cartas do arronchense Francisco Aranha

No primeiro semestre de 1811, em plena Guerra da Independência, o advogado arronchense Francisco Xavier do Rego Aranha, três vezes por semana informa a sua amiga D. Maria Luisa de Valleré, residente em Lisboa, sobre tudo o que vai ocorrendo em Elvas e Badajoz, sitiada e ocupada pelas tropas de Napoleão.

As cartas de Aranha, permanecerem inéditas dois séculos, sendo agora divulgadas junto dos leitores espanhóis e portugueses pelo Dr. Luís Alfonso Limpio Píriz, licenciado em ciências de informação pela Universidade Autónoma de Bellaterra – Barcelona, numa cuidada edição patrocinada pelo Ayuntamiento de Badajoz.
Estas sessenta e duas cartas certamente vão contribuir para um melhor conhecimento da Guerra Peninsular nesta zona raiana.

O autor das Cartas: Francisco Aranha

Francisco Xavier do Rego Aranha nasceu na vila de Arronches em 1 de Março de 1761, filho primogénito do Capitão José Januário do rego Aranha e D. Feliciana Rosa da Ascensão, recebendo o mesmo nome que o seu tio, bispo de Pernambuco (Brasil), um benemérito que fez diversas duações à Santa Casa da Misericórdia e Paroquia e Arronches, tais como O Órgão de Tubos da Matriz de Arronches datado de 1771 e restaurado em 2004.

Aranha fez os estudos de Direito Civil na Faculdade de Leis em Coimbra, depois de conseguir o grau de Bachillerato, frequentou durante mais um ano as aulas recebendo as lições correspondentes até conseguir em Julho de 1783, “nemine discrepante”, título que lhe facultava o poder “usar de suas Letras livremente em qualquer parte do Reino”.

Dez anos depois de ter terminado a licenciatura em Coimbra Francisco Aranha ingressou na magistratura, exercendo de Juiz de Fóra muito próximo da sua terra natal, na pequena vila de Alter do Chão.

No Verão de 1808 teve que abandonar precipitadamente a sua casa e quinta em Arroches vandalizadas pela tropa inglesa, procurando protecção em Elvas. Não era a primeira vez que se via obrigado a mudar de domicilio, já antes tinha vivido em Pinhel, fronteira de Almeida com Ciudad Rodrigo, local tinha exercido de Juiz de Fóra.

Lisboa e Brasil seriam ainda outros locais onde este arronchense, grande cronista e intelectual, culturalmente ilustrado para o seu tempo encontraria refúgio.

Em suma um livro imperdível não apenas para os arronchenses, mas para todos aqueles queiram conhecer o passado histórico desta região no decorrer da Guerra Peninsular

Numa gentil oferta do autor Luís Alfonso Limpo Píriz tive o prazer de ler este livro “Badajoz y Elvas em 1811 – Crónicas de Guerra” que acabou de ser impresso em Badajoz, no dia 9 de Janeiro de 2011, duzentos anos depois da primeira carta de Francisco Aranha agora impressa neste livro ter sido escrita a D. Maria Luisa de Valleré, filha do Tenente General dos exércitos de Sua Majestade, Guilhermo Luis António de Valleré, um francês ao serviço da Coroa Portuguesa.

De referir que este livro de 512 páginas inclui um apêndice em português com as cartas a D. Maria Luisa de Valleré esciptas d’Elvas desde 4 de Dezembro de 1810 até 19 de Junho de 1811, cheias de notícias da Guerra Peninsular, e principalmente dos dois cercos de Badajoz.