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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Alentejo - Exposição "Ameixas de Elvas” para ver no Museu de Arqueologia e Etnografia de Elvas






"Ameixas de Elvas - A Fábrica José da Conceição Guerra & Irmão (1834 – 1964)" é o mote da exposição temporária que vai estar patente ao público, a partir do próximo domingo, dia 22, de dezembro de 2024, pelas 15h30, no Museu de Arqueologia e Etnografia de Elvas António Tomás Pires.


Nesta mostra poderá apreciar a história deste doce elvense, resultado "da transformação da ameixa e as receitas referentes à mesma", "originárias dos conventos de freiras e remontam ao séc. XVI.


Com a extinção das ordens religiosas, a confeção das ameixas reduziu e em 1834 é fundada em Elvas, por José da Conceição Guerra, a primeira fábrica destinada a esta indústria. José da Conceição Guerra investiu num produto elvense que rapidamente se tornou num dos mais afamados e conhecidos mundialmente, não só pela qualidade e sabor da ameixa, mas também pela forma como esta era apresentada.



A fábrica transfigurou-se num negócio lucrativo, fornecendo ameixas, sobretudo confitadas, aos mercados nacional e internacional, motivando assim o surgimento de outros produtores".


O Museu de Arqueologia e Etnografia de Elvas, enquanto, veículo de transmissão de conhecimento, partilha, reflexão, fruição e educação, apresenta uma exposição sobre as célebres “Ameixas d’Elvas” e a fundação da primeira fábrica que se destinou à transformação deste produto, através de objetos que estiveram associados à firma e à comercialização das ameixas.


Salienta-se ainda, a importância da salvaguarda destes materiais por parte dos descendentes do fundador, particularmente, por Carlos Guerra, visto que permitem o conhecimento e a divulgação de uma indústria que integra parte do Património Cultural Imaterial de Elvas.

Com/ Emílio Moitas 



 

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Alentejo - Elvas inaugurou museu de Arqueologia e Etnografia António Tomás Pires


O Museu de Arqueologia e Etnografia de Elvas António Tomás Pires foi inaugurado esta segunda-feira, dia 31 de maio, numa cerimónia presidida pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.


No ato inaugural, marcaram também presença o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel; o presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha; o presidente da CCDR Alentejo, António Ceia da Silva, e a diretora Regional de Cultura, Ana Paula Amendoeira, entre outras entidades civis e militares.


Após as intervenções, os presentes realizaram uma visita ao novo museu, tendo a ministra referido estar “maravilhada” com este “museu, que recupera a etnografia, a história e a tradição, mas que está feito com grande inteligência, com modernidade, e que nos consegue levar ao tempo dos objetos, das pessoas e simultaneamente, entusiasmar, porque tem tecnologia”.


O percurso expositivo está divido por dois pisos. O visitante inicia a visita pelo piso inferior, com as temáticas de “Duas Instituições, Duas Coleções, Muitas Pessoas”; “Pão, Vinho, Azeite”; “Memória Do Edifício”.


No piso superior encontramos as salas: “Contanário”; “O Território: Do Passado Ao Presente, Das Pessoas Aos Objetos”; “Ritos Funerários”; “Entre a Tradição, o Sagrado e o Profano”. O museu dispõe ainda de uma sala polivalente, sala de serviço educativo e de um pátio exterior com uma exposição de heráldica.


Na exposição permanente “Território: do Passado ao Presente, Das Pessoas aos Objetos”, cruza-se a coleção de arqueologia do Museu de Arqueologia e Etnografia António Tomás Pires com a coleção de etnografia proveniente do Grémio da Lavoura de Elvas. A partir de uma (re) leitura dos objetos museológicos, com base numa abordagem biográfica, privilegia-se a diversidade de intervenientes envolvidos na formação das coleções e a contextualização dos usos e funções dos objetos.


Um investimento de quatro milhões de euros, financiados em 85 por cento pelo PO regional, pelo Alentejo 2020.


O Museu abre ao público esta terça-feira, dia 1 de junho de 2021.

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Quem foi: ANTÓNIO THOMAZ PIRES:


António Tomás Pires, nasceu em Elvas a 7 de março de 1850 — Faleceu a3 de agosto de 1913, na cidade de Elvas. Foi um importante etnógrafo português que trabalhou sobretudo na recolha e investigação da etnografia alentejana com destaque a zona de Elvas.


Hoje, o museu de Elvas, que o mesmo ajudou a criar, chama-se, em sua homenagem, Museu Municipal António Tomás Pires.


António Thomaz Pires, foi Secretário da Câmara Municipal. Notabilizou-se também como um notável estudioso da história e da etnografia de Elvas e, do Alto Alentejo em geral.


Colaborou com Teófilo Braga, José Leite de Vasconcelos, Gonçalves Viana, Adolfo Coelho, entre outros. As suas investigações foram publicadas em jornais e revistas regionais como -O Elvense, O Progresso d’Elvas, Correio Elvense, O Boémio, A Pérola, O Liberal- como de outras localidades e até de circulação nacional- Gazeta de Portugal, Boletim da Sociedade de Geografia, O Arqueólogo Português, A Tradição.


Da sua incansável pesquisa das riquezas folclóricas de Elvas e da sua região -canções, rimas populares, adivinhas, adágios, rifões e anexins, romances e orações, contos e jogos, destacamos: Estudos e Notas Elvenses; Cantos Populares Portugueses; Cancioneiro Popular Político.


Era o “Antoninho das cantigas” no dizer da gente simples que “recolheu o dom que deixa ouvir o silêncio, que na alma impalpável, esfrangalhada, dos Sítios e das Ruínas, decifra os letreiros que ensinam a contemplar no que a nós nos parece transitório, o que, em essência, é eterno”.

(António Sardinha).

IN: Os Grandes elvenses.blogspot

Fotos/ Emílio Moitas / Município Elvas












 

domingo, 27 de junho de 2010

Alentejo – Festival de Folclore animou festas de S. João em Arronches

A Praça da República em Arronches foi pequena para acolher o muito público que não quis perder o XXIX Festival de Folclore do Rancho Folclórico de Arronches, que decorreu na passada noite de 26 de Junho.

O Festival iniciou-se com a concentração dos ranchos participantes na sede do Rancho Folclórico de Arronches, sitas no complexo dos antigos Celeiros da EPAC.
Depois do jantar convívio seguiu-se o desfile etnográfico pelas principais artérias do Centro Histórico da vila.

Pelas 21h00 aconteceu o momento mais esperado com a demonstração de folclore no palco da Praça da República, por parte dos ranchos – Grupo Folclórico e Etnográfico de Lordelo (Guimarães), Rancho Folclórico Flores da Primavera (Ortigossa – Leiria), Grupo Regional de Folclore Benedita (Alcobaça), Rancho Folclórico Alfarrobeira (Vila Franca de Xira), Grupo Folclórico das Lavadeiras de Gondar (Caminha) e Rancho Folclórico de Arronches.

No decorrer do Festival diversas entidades autárquicas procederam à colocação de fitas nos estandartes dos ranchos participantes e entrega de lembranças oferecidas pelo Município de Arronches, Cafés delta e Boleteiros – Enchidos de Porco Preto.

Festejos organizados pelo Rancho Folclórico de Arronches em colaboração com a Câmara Municipal de Arronches, Juntas de Freguesia de Assunção, Esperança e Mosteiros. Aporiam esta iniciativa a Fundação INATEL – Agência de Portalegre e diversas empresas da região.