A convite do Turismo Extremeño “Ocio y Descanso” partimos na última semana de Dezembro à descoberta da Sierra de San Pedro na zona de AlburquerqueO programa iniciou-se no Santuário de Nª. Sr.ª de Carrión e Rio Gévora com uma vista deslumbrante sobre o vale de Carrión e Castelo de Alburquerque.
Ainda na parte da manhã toda a comitiva partiu em Buggies para uma visita a um Cortijo rural onde decorrem projectos ligados ao Turismo em espaço Rural co-financiados pela União Europeia.
Cerca das 13h00 um almoço regional extremeño, juntou toda a comitiva à mesa de um conhecido restaurante do Centro histórico de Alburquerque, degustando a excelente gastronomia da região, com destaque para as lentejas (Lentilha -Lens esculenta), estofadas, sopa de perdizes, arroz com coelho ou el lagarto, um curioso guisado, servido com um espesso molho verde composto de azeite, salsa, farinha e vinho branco, delicioso…
Na parte da tarde os monumentos e outros lugares de interesse, tais como O Castillo de Luna, Barrio Medieval ou Sinagoga mereceram uma visita guiada.
Já ao final da tarde a visita terminou num cenário deslumbrante com o Pantano (barragem), Peña del Águila e Castillo de Azagala a dominarem a paisagem Extremeña.
O Castelo de Azagala é uma colossal fortaleza construída em plena Serra de S. Pedro, num local de rara beleza, tendo a seus pés a confluência dos rios Albarragena, Zapatón e Sansustre.
Esta velha fortaleza do século XIII, que pertenceu à ordem Militar de Alcántara e formou parte da linha defensiva fronteiriça castellano-portuguesa, é hoje património particular e encontra-se em ruínas.
Aqui faleceu D. Alonso de Monroy, “clavero y maestro” da Ordem Militar de Alcântara, conhecido como el “Sansón extremeño”, dada a sua grande corpulência.
Nas imediações deste castelo teve lugar a celebre batalha de Zalaca – origem do nome da fortaleza, na qual participou Alvar Fañez, comandante del Cid Campeador, contenda que resultou na derrota das tropas de Alfonso VI frente aos almohades.
Até 1846 o castelo de Azagala encontrava-se bem conservado, tendo inclusive acolhido mais de 350 pessoas.
Durante a guerra civil foi ocupado durante algum tempo por Los Maquis – guerrilha antifranquista, servindo de abrigo aos últimos vencidos que na serra lutaram contra a ditadura de Franco.
Até 1992 Azagala foi habitado, pela família de Julián Ventura, guarda do Barrauelo e El Prior, propriedades onde se encontra construído o castelo, com a aposentação de Julián a fortaleza foi abandonada e desde então ninguém mais voltou a viver em Azagala.
Como sugestão de uns dias de descanso ou umas mini férias num local deslumbrante e de sensações que dificilmente se esquecerão, deixo o contacto do Cortijo “Los Cantos”- www.cortijoloscantos.es
Ficam algumas das muitas fotos registadas pela nossa objectiva neste passeio por terras Extremeñas de la raya hispano/lusa.
