quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Arronches “Uma estranha Forma de Vida”...


 Foi por vontade de Deus
Que eu vivo nesta ansiedade
Que todos os ais são meus
Que é toda minha a saudade
Foi por vontade de Deus.

A história que vivi esta manhã de dia 18 de setembro,  em Arronches, poderia resumir-se a uma “Estranha forma de vida”, vivida com o coração mas partilhado com uns quantos cães abandonados e adoptados pelo caminho e tendo por casa a imensidão do céu estrelado e por bagagem um carinho de supermercado...

O antigo largo da Cadeia, hoje denominado de Serpa Pinto, é porta natural de entrada na velha fortaleza de Arronches, virada a Castela, continua a ser local de encontro de viajantes e de velhas e novas histórias recebeu esta manhã de quarta-feira, dia 18 de setembro, um jovem viajante de nacionalidade francesa, arrastando um carrinho de supermercado e acompanhado por seis bonitos e bem tratados cães de diferentes raças e nacionalidades.

Aqui como outros viajantes fez uma curta paragem para retemperar forças para a jornada que se antevê difícil por vales e montanhas, na conversa que mantivemos enquanto partilhamos um café, no bar do Júlio Vassalo, este inusual viajante foi dizendo que actualmente a sua família e os seus melhores amigos são os seus cães, de criança foi deixado numa instituição francesa, onde foi criado até à adolescência, está agradecido a essa mesma instituição mas a família biológica para ele deixou de fazer sentido.

Hoje vive para os seus cães que vai recolhendo abandonados pelo caminho, chegou a Arronches vindo de Monforte, local onde esteve uma semana a recuperar-se de um acidente com um carro na tentativa de salvar um dos seus cães atropelado, falou maravilhas dos Bombeiros de Monforte, pelo apoio e forma como o acolheram, assim como dos alentejanos gente acolhedora, surpreendeu-me ao tratar-me amistosa-mente por compadre e ultrapassando tabus, juízos de valores ou meras barreiras linguísticas lá ficamos compadres...

Avaliando isso que algumas mentes interpretam por, “juízos de valores”, e em particular a um senhor que trabalha numa numa conhecida superfície comercial em Arronches, e recentemente me apelidou publicamente de “curioso internauta” que publica notícias e faz juízos de valor”, deixo-lhe a sugestão se as notícias não são do seu agrado tem sempre a oportunidade de optar e consumir trabalhos com mais qualidade e feitos por profissionais do ramo, quanto à parte que me toca nunca o fiz nem faço avaliação do trabalho alheio, pelo que não aceito essa de “Curioso internauta”.
Fotos/ E. Moitas




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