Foi por vontade de Deus
Que eu vivo nesta ansiedade
Que todos os ais são meus
Que é toda minha a saudade
Foi por vontade de Deus.
A história que vivi esta manhã de dia 18 de setembro, em Arronches, poderia
resumir-se a uma “Estranha forma de vida”, vivida com o coração mas partilhado
com uns quantos cães abandonados e adoptados pelo caminho e tendo por casa a
imensidão do céu estrelado e por bagagem um carinho de supermercado...
O antigo largo da Cadeia, hoje denominado de Serpa Pinto, é
porta natural de entrada na velha fortaleza de Arronches, virada a Castela,
continua a ser local de encontro de viajantes e de velhas e novas histórias
recebeu esta manhã de quarta-feira, dia 18 de setembro, um jovem viajante de
nacionalidade francesa, arrastando um carrinho de supermercado e acompanhado
por seis bonitos e bem tratados cães de diferentes raças e nacionalidades.
Aqui como outros viajantes fez uma curta paragem para
retemperar forças para a jornada que se antevê difícil por vales e montanhas,
na conversa que mantivemos enquanto partilhamos um café, no bar do Júlio
Vassalo, este inusual viajante foi dizendo que actualmente a sua família e os
seus melhores amigos são os seus cães, de criança foi deixado numa instituição
francesa, onde foi criado até à adolescência, está agradecido a essa mesma
instituição mas a família biológica para ele deixou de fazer sentido.
Hoje vive para os seus cães que vai recolhendo abandonados
pelo caminho, chegou a Arronches vindo de Monforte, local onde esteve uma
semana a recuperar-se de um acidente com um carro na tentativa de salvar um dos
seus cães atropelado, falou maravilhas dos Bombeiros de Monforte, pelo apoio e
forma como o acolheram, assim como dos alentejanos gente acolhedora,
surpreendeu-me ao tratar-me amistosa-mente por compadre e ultrapassando tabus,
juízos de valores ou meras barreiras linguísticas lá ficamos compadres...
Avaliando isso que algumas mentes interpretam por, “juízos
de valores”, e em particular a um senhor que trabalha numa numa conhecida
superfície comercial em Arronches, e recentemente me apelidou publicamente de
“curioso internauta” que publica notícias e faz juízos de valor”, deixo-lhe a
sugestão se as notícias não são do seu agrado tem sempre a oportunidade de
optar e consumir trabalhos com mais qualidade e feitos por profissionais do
ramo, quanto à parte que me toca nunca o fiz nem faço avaliação do trabalho
alheio, pelo que não aceito essa de “Curioso internauta”.
Fotos/ E. Moitas
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