domingo, 8 de julho de 2012

Arronches – Escapa à problemática da violência doméstica


O concelho de Arronches no ano passado escapou à violência doméstica, um problema que em 2011 registou no distrito de Portalegre 162 crimes, com os concelhos de Ponte de Sor, Portalegre, Campo Maior e Alter Chão a liderarem quanto a queixas apresentadas junto das autoridades.

No decorrer do passado ano só no concelho de Ponte de Sôr foram apresentadas 49 queixas por violência doméstica, contra as 29 verificadas no concelho de Portalegre, as 16 em Campo Maior e dez em Alter do Chão.

Menos violentos os concelhos de Sousel, Castelo de Vide, Monforte e Arronches registaram o menor número de denúncias, variando entre nenhuma e três, ou ainda as sete queixas apresentadas no concelho de Nisa.

Este estudo revela que as vítimas de violência doméstica no distrito de Portalegre, em 2011, foram sobretudo mulheres, entre os 25 e os 45 anos de idades, casadas ou divorciadas (mas que mantêm ou mantiveram uma relação análoga às dos cônjuges), empregadas, com o 9.º ano de escolaridade e não dependente economicamente dos agressores, que são maioritariamente os companheiros ou cônjuges.

Já os suspeitos da prática do crime foram em regra homens, casados ou solteiros (mas que mantêm ou mantiveram uma relação análoga às dos cônjuges), entre os 25 e os 45 anos de idades, empregados, com o 3.º ano de escolaridade e não dependente economicamente das vítimas, que são maioritariamente as companheiras ou cônjuges.

O consumo de bebidas alcoólicas foi frequentemente apontado pelas vítimas como uma das principais causas para o comportamento violento dos agressores, enquanto a posse e utilização de armas por parte do agressor foi pouco expressiva.

Os dados agora divulgados pelo Comando Territorial de Portalegre da GNR indicam ainda que a quase totalidade das intervenções policiais pela prática de violência doméstica ocorreu a pedido da vítima e que, ao nível das agressões, a sua maioria foi infligida em termos psicológicos, seguindo-se a violência física que, embora sem consequências de maior para as vítimas, em quase metade das situações foi presenciada por menores e em cerca de um terço dos casos foi reiterada.

Fonte/ Rádio Elvas 

2 comentários:

  1. Infelizmente o título "Arronches – Escapa à problemática da violência doméstica" não é verdade. Existe violência doméstica em Arronches, só não houve foram denúncias às autoridades. Só seria verdade se partíssemos do princípio que aquilo que não vemos, que não é divulgado ou denunciado não existe. Mas não é assim e as mulheres de Arronches que são vítimas de violência doméstica sabem que não é assim. Da agressão à denúncia vai um passo muito largo.

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  2. Hoje diz-se que o Homem e a Mulher vivem numa sociedade moderna, civilizada, justa, onde todos em conjunto usufruem dos mesmos direitos e privilégios.
    No entanto, em muitos lares, a violência doméstica ainda é um problema que afecta sobretudo as mulheres. Elas são as maiores vítimas nas mãos dos seus maridos, companheiros, que as agridem com murros, pontapés, que as insultam e humilham, que as forçam a torturas sexuais, só porque se julgam donos dos seus corpos e almas. Estes homens cruéis e desumanos não se lembram ou não querem lembrar-se que a violência doméstica é crime. Para eles, as suas mulheres são apenas meros objectos que eles utilizam a seu belo prazer e quando estão fartos as deitam fora.
    No meu ponto de vista, a mulher de hoje, deve ser encarada da mesma forma que o homem, ela não pode nem deve ser vítima de qualquer violência, seja ela, física, sexual ou psíquica. Ela não pode ser violentada nos seus direitos, de mulher, de esposa, de mãe e de trabalhadora. O seu trabalho deve ser merecedor do mesmo respeito que o do homem. E se ela se vir humilhada e insultada, deve recorrer de imediato ao tribunal da sua localidade de residência, para que este a possa, defender nos seus direitos e deveres.
    Nenhuma mulher se pode calar perante a fúria do Homem. Mas antes deve defrontá-lo e mostrar-lhe que, embora vivam na era dos Robots, ela não é nem nunca será a sua escrava do lar.

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