O concelho de Arronches no ano
passado escapou à violência doméstica, um problema que em 2011 registou no
distrito de Portalegre 162 crimes, com os concelhos de Ponte de Sor, Portalegre,
Campo Maior e Alter Chão a liderarem quanto a queixas apresentadas junto das
autoridades.
No decorrer do passado ano só no
concelho de Ponte de Sôr foram apresentadas 49 queixas por violência doméstica,
contra as 29 verificadas no concelho de Portalegre, as 16 em Campo Maior e dez em
Alter do Chão.
Menos violentos os concelhos de
Sousel, Castelo de Vide, Monforte e Arronches registaram o menor número de
denúncias, variando entre nenhuma e três, ou ainda as sete queixas apresentadas
no concelho de Nisa.
Este estudo revela que as vítimas
de violência doméstica no distrito de Portalegre, em 2011, foram sobretudo
mulheres, entre os 25 e os 45 anos de idades, casadas ou divorciadas (mas que
mantêm ou mantiveram uma relação análoga às dos cônjuges), empregadas, com o
9.º ano de escolaridade e não dependente economicamente dos agressores, que são
maioritariamente os companheiros ou cônjuges.
Já os suspeitos da prática do
crime foram em regra homens, casados ou solteiros (mas que mantêm ou mantiveram
uma relação análoga às dos cônjuges), entre os 25 e os 45 anos de idades,
empregados, com o 3.º ano de escolaridade e não dependente economicamente das
vítimas, que são maioritariamente as companheiras ou cônjuges.
O consumo de bebidas alcoólicas
foi frequentemente apontado pelas vítimas como uma das principais causas para o
comportamento violento dos agressores, enquanto a posse e utilização de armas
por parte do agressor foi pouco expressiva.
Os dados agora divulgados pelo
Comando Territorial de Portalegre da GNR indicam ainda que a quase totalidade
das intervenções policiais pela prática de violência doméstica ocorreu a pedido
da vítima e que, ao nível das agressões, a sua maioria foi infligida em termos
psicológicos, seguindo-se a violência física que, embora sem consequências de
maior para as vítimas, em quase metade das situações foi presenciada por
menores e em cerca de um terço dos casos foi reiterada.
Fonte/ Rádio Elvas
Infelizmente o título "Arronches – Escapa à problemática da violência doméstica" não é verdade. Existe violência doméstica em Arronches, só não houve foram denúncias às autoridades. Só seria verdade se partíssemos do princípio que aquilo que não vemos, que não é divulgado ou denunciado não existe. Mas não é assim e as mulheres de Arronches que são vítimas de violência doméstica sabem que não é assim. Da agressão à denúncia vai um passo muito largo.
ResponderEliminarHoje diz-se que o Homem e a Mulher vivem numa sociedade moderna, civilizada, justa, onde todos em conjunto usufruem dos mesmos direitos e privilégios.
ResponderEliminarNo entanto, em muitos lares, a violência doméstica ainda é um problema que afecta sobretudo as mulheres. Elas são as maiores vítimas nas mãos dos seus maridos, companheiros, que as agridem com murros, pontapés, que as insultam e humilham, que as forçam a torturas sexuais, só porque se julgam donos dos seus corpos e almas. Estes homens cruéis e desumanos não se lembram ou não querem lembrar-se que a violência doméstica é crime. Para eles, as suas mulheres são apenas meros objectos que eles utilizam a seu belo prazer e quando estão fartos as deitam fora.
No meu ponto de vista, a mulher de hoje, deve ser encarada da mesma forma que o homem, ela não pode nem deve ser vítima de qualquer violência, seja ela, física, sexual ou psíquica. Ela não pode ser violentada nos seus direitos, de mulher, de esposa, de mãe e de trabalhadora. O seu trabalho deve ser merecedor do mesmo respeito que o do homem. E se ela se vir humilhada e insultada, deve recorrer de imediato ao tribunal da sua localidade de residência, para que este a possa, defender nos seus direitos e deveres.
Nenhuma mulher se pode calar perante a fúria do Homem. Mas antes deve defrontá-lo e mostrar-lhe que, embora vivam na era dos Robots, ela não é nem nunca será a sua escrava do lar.