O Dia Mundial da Árvore ou da Floresta celebra-se anualmente
a 21 de março.
Neste dia chama-mos a atenção para a importância dos montados de azinho que envolvem de verde Arronches, são sistemas agro-silvo-pastoris que têm
desempenhado um papel de grande importância desde tempos imemoriais, para a
preservação da biodiversidade, revelando-se como sistemas equilibrados e
sustentáveis, que favorecem a conservação dos recursos naturais. Se por um lado
permitem a exploração agrícola e pecuária, bem como, actividades de lazer, por
outro favorecem a conservação de habitats de espécies ameaçadas, e a mitigação
dos processos de desertificação, desempenhando funções ecológicas, económicas e
paisagísticas.
Neste dia decorrem várias ações de arborização e
reflorestação, um pouco por todo o mundo, no passado Arronches também não era
excepção, com as crianças das escolas a participarem em actividades que
assinalavam a chegada da primavera.
O objetivo da comemoração do Dia Mundial da Árvore é
sensibilizar a população para a importância da preservação das árvores, quer ao
nível do equilíbrio ambiental e ecológico, como da própria qualidade de vida
dos cidadãos. Estima-se que 1000 árvores adultas absorvem cerca de 6000 kg de
CO2 (dióxido de carbono).
30% da superfície terrestre está coberta por florestas,
sendo nestas que se realiza a fotossíntese - produção de oxigénio a partir de
dióxido de carbono. As florestas são apelidadas dos pulmões do mundo, não
apenas pela sua função de manutenção e renovação dos ecossistemas, como também
pela sua importância em áreas estratégicas como a economia e a produção de bens
e alimentos.
Origem do Dia:
A celebração do Dia Mundial da Árvore ou da Floresta começou
a 10 de abril de 1872, no estado norte-americano do Nebraska (EUA). O seu
mentor foi o jornalista e político Julius Sterling Morton, que incentivou a
plantação ordenada de árvores no Nebraska, promovendo o "Arbor Day".
Em Portugal, a 1.ª Festa da Árvore comemorou-se a 9 de março
de 1913 e o 1.º Dia Mundial da Floresta a 21 de março de 1972.
Fotos: Emílio Moitas
1-
Azinheiras centenárias
2-
Monte do Rebolo 1987
3-
Mosteiros – anos 1990
4-
Herdade das Algueireiras - 1923
5-
Vara de Porcos Arronches – Anos 1990
6-
Vaso com azinheira em Angola - Gentileza
de Nelito Cardoso
CORTICEIROS
No silêncio ardente do dia parado,
Há lida de gente no denso montado.
Há troncos despidos, já lívidos, frios,
E troncos que esperam, em funda ansiedade,
Com gestos convulsos, de sonhos sombrios,
Em dor e silêncio, por toda a herdade.
Os pés descalços trepam ágeis,
Sobem...
O machadinho crava-se e segura,
Como se fora um croque de abordagem,
O homem
A subir, na faina dura.
E lembra-me, assim vistos a distância,
- Os vultos a trepar pelos troncos gigantes –
Como em contos de infância,
Cornacas dominavam enormes elefantes.
Que os troncos majestosos e inermes
Têm o ar daqueles paquidermes,
Lentos, laboriosos, resignados. –
Desses trágicos braços contorcidos,
Que mais tarde, a sangrar,
São a gala maior desta paisagem,
E, agora, estão gelados, confrangidos
Pela tortura sem par,
No pino da estiagem,
Vão homens rudes, escuros e suados,
Lenço metido sob o chapéu largo,
Arrancando aos bocados,
Em férrea luta obscura,
Com qualquer coisa de febril e amargo,
A epiderme dura.
-Oh, velhas árvores dos montados!
E há pasmo na canícula.
E há silêncio, de assombro, na paisagem!
-Troncos dilacerados!...
Poesia de:Francisco Bugalho
Parabéns Moita, bonito trabalho,quantas memórias, faz a diferença por mais que o tentem imitar falta-lhe o melhor, gostei o ver na televisão a divulgar as nossas pinturas rupestres de Esperança na BTL, estamos á espera da sua visita a setúbal para o tal almoço e passeio a Tróia.
ResponderEliminarBeijinhos
Flora