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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Alter do Chão – Leilão da Coudelaria rendeu mais de 76 mil euros


O Leilão Anual realizado na Coudelaria de Alter, no passado domingo, 24 de abril, teve  uma receita de 76.800 euros.

Em nota informativa a Coudelaria de Alter, informou que neste leilão registou um elevado número de afluência por parte de visitantes, superando as três mil pessoas, entre nacionais e estrangeiros.

No decorrer do leilão a maior interesse foi pelos machos, com um número total de nove animais vendidos e a receita de mais de 76 mil euros foi o valor mais alto dos últimos cinco anos.

 O animal que atingiu o valor mais alto foi o "Haljaziro" (vendido por mais 25 mil euros), o mais disputado foi o último cavalo a ir a leilão, o "Hibisco", vendido a 11.500 euros com um preço base de 8.500.

Os animais não vendidos neste Leilão Anual estão agora disponíveis para venda no site:www.alterreal.pt


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Alter do Chão - Coudelaria Comemora 264 Aniversário


A Coudelaria de Alter do Chão que este ano celebra o seu 264 aniversário, situa-se próxima à freguesia de Alter do Chão, numa vasta propriedade Alentejana.

Antiga Coudelaria Real, fundada pelo rei D. João V em 1748, com vista à criação de cavalos de raça lusitana para a Picaria Real, esta foi uma das instituições mais importantes para a divulgação do nome de Alter do Chão e para a continuidade e preservação da raça equestre, expressa no desejo do rei em “Que se conserve sempre pura esta raça".
Oriundo da Coudelaria de Alter era o famoso cavalo "Gentil", modelo de cavalo da estátua de D. José no Terreiro do Paço em Lisboa.

Até ao início do século XIX a Coudelaria viveu um período áureo, que foi desde aí perturbado por períodos complicados da sua existência, renascendo depois com outro fôlego, vontade e dinamismo, hoje novamente ameaçada pela grave crise que atingiu o país.  

Apesar dos tempos difíceis que novamente atravessa, a Coudelaria é hoje em dia constituída por diversas valências, nos seus 300 hectares de paisagem de grande beleza, onde impera a paz de espírito.
Aqui funciona a Escola Profissional de Agrícola de Alter do Chão, a Escola Portuguesa de Arte Equestre, um Pólo da Universidade de Évora, núcleos de investigação, de selecção e melhoramento da raça, infra-estruturas Hípicas e Desportivas, a Falcoaria, entre outras valias, como a Casa do Arneiro, um espaço reservado ao alojamento de professores e conferencistas.

A Coudelaria oferece também núcleos museológicos e zoológicos de grande interesse, bem como diversas actividades pedagógicas, centradas na evolução e divulgação da preservação ambiental, patrimonial e turística.

Um dos espetáculos imperdíveis na Coudelaria é a "saída da éguada", quando diariamente todas as éguas saem para a pastagem no campo.

Contato:

Tapada do Arneiro, Apartado 80 (7441-909 Alter do Chão)
Tel.(+351) 245610060 / 74

Para mais informação consultar programa das comemorações em anexo.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Coudelaria de Alter em debate promovido pelo jornal Alto Alentejo

Dando início a um ciclo de debates promovidos pelo Jornal Alto Alentejo, o Castelo de Alter foi palco de um colóquio subordinado à temática da Coudelaria de Alter, uma instituição milenar e de incomensurável importância para uma região cada vez mais empobrecida e desertificada.
“Alto Alentejo tem futuro” foi a designação escolhida para este ciclo de debates que, desta feita, contou com a colaboração do Município e do Mensageiro de Alter.

Moderado por Manuel Isaac Correia e por Monsenhor Paulo Dias, o debate arrancou com uma dissertação histórica e patrimonial sobre a Coudelaria pelo arqueólogo, investigador e professor da Universidade de Évora, Jorge de Oliveira, que deu conta do riquíssimo património intrínseco a esta instituição, cuja origem remota há oito mil anos.

Seguiu-se uma intervenção inicial de Bernardo Alegria, representante dos fundadores no Conselho de Administração da Fundação Alter Real (FAR), que clarificou a actual situação económica e administrativa da instituição, que continua ser ver constituído o seu Conselho de Administração.

O debate continuou ao longo da tarde com as intervenções de Hemetério Cruz, presidente da Assembleia Municipal de Alter (e ex-presidente de Câmara); Carlos Crespo, empresário parceiro da Coudelaria no âmbito da falcoaria; António Carlos Correia, sindicalista e funcionário da Coudelaria; João Costa Ferreira, ex-director da Coudelaria e ex-presidente do Serviço Nacional Coudélico; Galinha Barreto, ex-Governador Civil do distrito de Portalegre; Paulo Cardoso, coordenador do Bloco de Esquerda; Fernando Carmosino, coordenador da DORPOR do PCP e presidente da Assembleia Municipal do Crato; António José Baptista, delegado distrital do CDS; Jorge Martins, presidente da Federação Distrital do PS, presidente da Câmara do Gavião e ex-presidente da Associação de Municípios; Francisco Roxo, professor da Universidade Católica Portuguesa e gestor de empresas públicas e privadas; José Tirapicos Nunes, em representação do Reitor da Universidade de Évora; Augusto Gouveia, em representação do IPP; Armando Varela, presidente da Câmara de Sousel e da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA); Pedro Marques, deputado do PS pelo Círculo de Portalegre; Cristóvão Crespo, deputado do PSD pelo Círculo de Portalegre e presidente da Distrital do mesmo partido; Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo; e Joviano Vitorino, presidente do Município de Alter e, por inerência, membro do Conselho de Administração da FAR.

Ao final das comunicações seguiu-se o debate, que contou com intervenções do presidente da Câmara do Crato, João Teresa Ribeiro, bem como de várias pessoas que fizeram questão de sublinhar a sua preocupação com uma causa que transcende as fronteiras de Alter e do distrito de Portalegre.
Longe de ser unânime, a discussão abordou várias problemáticas inerentes ao passado, presente e futuro da Coudelaria. O modelo de gestão foi bastante debatido, sendo que grande parte dos oradores defendeu um regresso aos moldes anteriores à constituição da FAR que, na opinião da maioria dos intervenientes, só comprometeu o funcionamento da instituição.
Apesar de o futuro da Coudelaria não estar em causa ficou no ar o receio da perda de algumas valências, nomeadamente o Laboratório de Genética Molecular, uma das pérolas da instituição.
Várias vozes defenderam que tanto a Associação Portuguesa do Cavalo Puro Sangue Lusitano como a Escola Portuguesa de Arte Equestre deveriam ser deslocalizadas para Alter.

Unânime foi a opinião de que, independentemente do modelo de gestão, o Estado deve assumir um papel preponderante na vida da Coudelaria, que deve ser gerida por personalidades com bom senso, capacidade de gestão e, principalmente, reconhecido know-how sobre o mundo rural. A grande maioria dos intervenientes defendeu que enquanto a instituição continuar a ser gerida sob a égide de jogos políticos, nomeando personalidades do partido que está Poder, a Coudelaria nunca se poderá afirmar como o projecto âncora que toda a região deseja que esta realmente seja.